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Windows Store–Isso vai dar (muito) samba

12 anos atrás

Quando a Apple lançou sua AppStore no iPhone o mundo todo foi contra. Blablabla liberdade, blablabla independência, blablabla. Só esqueceram de perguntar ao usuário sua opinião. Pois bem: A facilidade de ter todos os programas debaixo do mesmo teto era algo inédito, ter esses programas certificados, evitando que você baixe Cavalos de Tróia e outros tipos de malware –estou olhando pra você, Android Market- foi algo que cativou os donos de iPhones.

O caminho natural foi a implementação da idéia em outras plataformas, e sua migração para o desktop. Os “sites de download” deixaram de ser inocentes, hoje qualquer install vem com toneladas de toolbars disfarçadas, até o download.com está enfiando crapware no meio dos arquivos. Uma solução no desktop que desse a mesma segurança e facilidade de uso das App Stores que estamos acostumados no celular seria excelente.

Tanto que o Ubuntu tem uma loja, a Apple tem a sua e a Microsoft vem aí com uma também, junto com a grande faxina que será o Windows 8.

 

A diferença é que mesmo que o Ubuntu não queira, o Windows é uma potência. Combinando todas as vendas de tablets e celulares Android, dispositivos iOS e Macs nos últimos 2 anos temos 399 milhões de unidades. O Windows sozinho vendeu 500 milhões. O potencial de uma loja integrada no sistema operacional é IMENSO.

Developers, Developers, Developers

O mantra de Steve Balmer, um dos pilares da Microsoft continua valendo. Mesmo sem precisar vão oferecer vantagens para os desenvolvedores no Windows 8. Primeiro, a assinatura anual para poder vender aplicações na Windows Store será de US$99,00 para empresas (como a Apple) e de US$49,00 para indivíduos.

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A divisão de lucros também será diferenciada. Inicialmente tanto as Apps quanto as vendas dentro das Apps (DLC, pros gamers) serão no modelo 70/30, 70% pro desenvolvedor, 30% para a Microsoft. Depois entra um componente de meritocracia: Se a App fizer sucesso e vender bastante, acima de US$25 mil, a partilha passa a ser 80% para o desenvolvedor.

Se o sujeito não quiser usar o sistema de vendas de DLC da Microsoft, pode usar uma solução própria ou de terceiros. Nesse caso a Microsoft fica com 0%.

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Também não é preciso fazer versões “light” do programa cheias de DLCs, a Windows Store terá uma opção de TRIAL, você poderá baixar, testar e então se quiser, comprar. Claro, fica a cargo do desenvolvedor dar essa opção.

As Apps poderão custar de US$1.49 a US$999,00. Ou seja, nada de vender SAP na Windows Store.

A loja estará disponível em 321 mercados e em mais de 100 idiomas.

Nos 40 maiores mercados por PIB, que combinados representam 95% do PIB do planeta será possível comprar utilizando moeda local. Eu *ACHO* que o Brasil entra nessa, mas é bom verificar.

As páginas da Windows Store não estarão atrás de login, então as Apps poderão ser indexadas normalmente por sites de busca. Vou vender muito meu clone do notepad SandyNuaPeladaSemCalcinha.exe.

A parte mais importante disso tudo é que com uma centralização das aplicações o Windows FINALMENTE terá um local onde gerenciar as atualizações, já que o Windows Update sempre foi exclusivo da Microsoft.

Há várias soluções mais-ou-menos para isso mas nenhuma tão simples quanto o modelo de App Store, onde você vê que há atualizações, clica e ela baixa e instala.

O GRANDE “senão” é que a Windows Store só venderá aplicações rodando Metro, a nova interface. É a forma da Microsoft colocar o bilau na mesa e abandonar o legado. Pela primeira vez uma versão de Windows rodará aplicações de versões antigas com má-vontade e de propósito. Não vão facilitar a vida de quem quer continuar com seu pograma em VB6 atravancando a vida de quem tem mais o que fazer além de ficar baixando VBRUN300.DLL pra resolver conflito.

A Windows Store, se tudo der certo abre final de Fevereiro, para aplicativos gratuitos, junto com o lançamento do beta do Windows 8. Rola até um concurso para desenvolvedores.

Vai dar certo? OK, essa talvez seja a previsão mais fácil da história do mundo tecnológico: Vai.

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