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2011 não é o Ano do Linux pelo menos na Adobe

12 anos e meio atrás

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O Adobe Air é um runtime multiplataforma que vai do Windows ao iOS, passando até pelo Blackberry. Ele encapsula aplicações Internet ricas (HTML, Javascript, ActionScript, etc) em um cliente desktop, com acesso seguro a recursos da máquina. Entre outras aplicações famosas que utilizam Air, temos o Tweetdeck.

Só que nem tudo são flores no mundo do Air. Em Junho passado Dave McCallister. Diretor de Open Source e Padrões da Adobe publicou um post de blog onde explica primeiramente que errou em suas previsões. Em 1999 ele havia calculado que por volta de 2005 o marketshare do Linux atingiria números de Mac OS, entre 10% e 15%, mas na realidade o Melhor Sistema Operacional Amigo do Opera estagnou pouco abaixo de 1%. O próprio Mac, segundo a Netmarketshare, está em 5,70%.

Para piorar a tão falada mobilização da Comunidade não funciona muito bem na realidade, como desenvolvedores de jogos Linux sabem muito bem. Dave conta que somente 0,5% dos downloads de Air são da versão Linux.

Com números assim não faz sentido alocar recursos para desenvolver para a plataforma, então a Adobe fez o que precisava ser feito: Entregou para a comunidade a responsabilidade de desenvolver o Adobe Air.

Cancelar a versão Linux permitiu que a Adobe redirecionasse recursos para desenvolver as versões mobile, incluindo iOS e Android. –sim, Android é Linux, mas não no mau sentido.

A resposta da comunidade foi, como sempre madura e consciente das questões mercadológicas envolvidas: Um mimimi enorme com acusações de suborno da Microsoft (sempre ela!), traição, faca nas costas e, claro, a eterna fase raposa-e-uvas, com gente xingando o Air, dizendo que não presta e não fará falta.

É uma pena, mas para boa parte dos fãs do Linux é impossível entender que quando o Seu Barriga bate na porta da Adobe cobrando o aluguel ele não quer saber se estão apoiando a comunidade. Ele quer dinheiro, e há poucas formas melhores de NÃO ganhar dinheiro do que investir em uma plataforma que ninguém (ou no caso do Air Linux) metade de ninguém usa.

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