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Email, buscas na rede e até pendrives USB também ajudam a poluir o meio-ambiente

Pesquisa francesa calcula o impacto ambiental de atividades corriqueiras realizadas no computador, como enviar emails e transferir arquivos via USB.

13 anos atrás

Um curioso estudo francês calcula as emissões de CO2 provenientes do e-mail, das buscas na Internet e da transferência de dados via USB.

Sabe-se a algum tempo que tecnologias da informação são responsáveis por 2% das emissões que contribuem para o efeito estufa. A agência francesa de dados Ademe realizou uma investigação sobre o impacto ambiental de três das maiores atividades do internauta comum: email, buscas e o uso de dispositivos USB.

A hipótese em si pode ser motivo de muitos debates, entretanto, o documento oferece uma reflexão sobre qual seria de fato uma atividade internáutica "limpa".

Buscas

O estudo estabeleceu que um internauta faz em média 949 buscas no período de um ano, sendo o fator ambientalmente contaminante o aumento/diminuição do consumo de energia nos servidores durante o processo de procura.

Calcula-se que ao servir às buscas médias anuais do internauta seja emitida uma média de 9,9 kg de CO2/ano e que o bom uso pessoal do sistema de "favoritos" e tags tanto mais específicas seja possível, possa diminuir essa carga para 5 kg de CO2/ano.

Email

Segundo os últimos dados disponíveis (de 2009), uma média de 247 bilhões de emails são enviados todos os dias e estima-se que dentro de apenas três anos esse número pulará para 507 bilhões, segundo informa a Arobase. Na França, por exemplo, um profissional recebe em média 58 mensagens por dia e envia 33.

Para calcular o impacto ambiental, o estudo atribui a média de 1 MB/e-mail (um pouco alto¹), resultando em uma média de emissão de 136 kg de CO2 por ano. Este valor é mais alto¹ no cálculo por também incluir o aporte de gasto energético dos computadores, assim como as bases de dados que gerenciam o tráfego de informações entre eles, resultando em uma variável média de 1 MB/email.

Segundo o relatório final, deduz-se que ao se "reduzir 10% no envio de e-mail em uma empresa com 100 colaboradores, supõe-se uma economia de aproximadamente 1 tonelada de CO2 não emitidos por ano".

Um outro fator contemplado no estudo é a contaminação ambiental oriunda da impressão no papel de muitos desses emails. Uma redução de apenas 10% nessas impressões evitaria que 5 toneladas de CO2 fossem emitidas em um ano.

USB

A parte mais ampla e diversificada de hipóteses e investigações do estudo. Uma delas calcula o efeito da leitura de um documento de 200 páginas transferido para um computador pessoal via um pendrive USB de 512 MB.

Estimou-se que o tempo médio de leitura de cada página seja de 3 minutos. Se 100 pessoas, presentes em uma conferência ou encontro, por exemplo, decidem ler o documento ao mesmo tempo, as emissões relacionadas a esta transmissão são equivalentes a 80 quilos de CO2.

São números que representam atividades tão comuns que não nos damos conta do seu impacto quando somados a um grande cenário.

Em um outro infográfico baseado em dados do próprio blog do Google (fonte), apenas o gasto energético acumulado das buscas mensais poderiam, por exemplo, liberar a mesma quantidade de CO2 que você exalaria via respiração se vivesse 824 anos; exigir energia suficiente para iluminar uma lâmpada de 100 watts por por 4534 anos, oferecer energia para 4239 casas por 30 dias ou o equivalente a mesma quantidade de energia usada por um coração humano batendo por 2 bilhões de horas.

Isso, só o Google. Abaixo:

Google energy infographic

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