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Diaspora, a inspiração do Google+

Diaspora, a rede social que inspirou o Google+.

13 anos atrás

Você talvez não se lembre, mas ano passado, em meio a uma sucessão de problemas de privacidade no Facebook, quatro jovens americanos lançaram a ideia de uma rede social totalmente aberta no Kickstarter. Pediram US$ 10 mil, receberam dezessete vezes o valor e, desde então, estão trabalhando no projeto.

O Diaspora é lindo no papel. Uma rede social livre de grandes corporações, sem propaganda, sem usos escusos das suas informações, onde o seu conteúdo é seu e de mais ninguém. E descentralizada, o que a torna muito versátil.

O tempo passou e, até agora, mais de um ano depois de apresentada ao mundo, o Diaspora ainda está fechado para o grande público. Quem está lá dentro parece falar com as paredes. Juntei-me a esse (ínfimo) contingente hoje e, de cara, a sensação foi: "o que estou fazendo no Google+?".

Stream do Diaspora.

Stream do Diaspora. (Clique para ampliar)

Não me entenda mal: o Diaspora é mais antigo que o Google+, logo, se alguém copiou alguém, foi a Google que chupinhou o projeto open source. Quase tudo que chama a atenção no Google+ está no Diaspora: exportação simplificada dos seus dados, conceito de círculos (aqui chamado Aspects), Stream com filtros por Aspects, upload de fotos na própria caixa de texto/atualizações de status...

Infelizmente, o Diaspora está demorando para pegar tração. Perdeu seu momentum quando o Facebook tapou (muito bem, diga-se) as brechas de privacidade que culminaram com o surgimento da nova rede social. Mas ainda tem potencial, mesmo eclipsado pelo Google+. Talvez o único problema será justamente o de percepção: por ter sumido da mídia, mesmo os mais antenados já se esqueceram do Diaspora; quando as pessoas chegarem, a acusarão de plagiar o Google+, e não o contrário.

No mais, apesar de vazio e simples e de parecer mais uma prova de conceito do que uma rede social para brigar com Facebook e Google+, o Diaspora empolga. O visual é sóbrio e bem feito, o que o site já oferece funciona bem e tem toda a questão filosófica e relacionada à privacidade jogando a favor — afinal, nada nada você é um produto da Google e do Facebook. Torço para que o desenvolvimento acelere e, em breve, a rede seja aberta para todo mundo.

Agradecimentos ao Lucas Sampaio por ter me colocado lá. Valeu! 😀

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