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Você compraria jogos via download?

18 anos atrás

O formato de distribuição digital de músicas é um grande conhecido de todos. Mas um outro, menos comum, é a distribuição digital de jogos.

Para fazer uma compra online, sem mídia, requer uma internet de banda larga de verdade. Não é internet rápida, 256kbps, que estamos falando e sim das conexões com 1Mbps ou melhor, pois o conteúdo é gigantesco. O World of Warcraft, um jogo puramente online é um exemplo. Após o download do demo completo, no Fileplanet, pode-se jogar por 30 dias antes da primeira cobrança de 47 dólares, recorrentes a cada 3 meses. O download de 2.2GB chegou em 52 minutos e a imagem gravada em um DVD, sem problemas.Outro jogo comprado e testado com sucesso foi Guild Wars. Também é um jogo totalmente online, mas paga-se apenas uma vez e o jogo online é constante. Faz sentido um jogo online como esses citados e outros como Anarchy Online e EVE Online serem distribuidos de forma digital. Não é preciso caixa, nem manual. As instruções e as regras aprende-se em tutoriais do próprio jogo.

Mas há algum tempo, lojas de distribuição digital estão prosperando enquanto a venda física, nos PCs está estagnada. Toda pesquisa que indica queda ou estagnação do mercado de jogos da plataforma PC, considera apenas compra no balcão. São ignorados os mais de 6 milhões de assinaturas de World of Warcraft e os quase 2 milhões de assinaturas de Guild Wars, só para citar os mais populares.

Outro teste foi a compra do Civilization IV, comprado através do Direct2Drive, chegou em menos de 30 minutos, um download com pouco mais de 1GB. O sistema requer uma autenticação online do executável, parecida com o sistema Steam da Valve, mas nã fica residente na máquina. A única desvantagem é que, lançado um patch, é necessário aguardar 1 semana para ele seja liberado através do Direct2Drive.

Mas qual a real vantagem de uma distribuição online? Para nós, brasileiros, com taxas de câmbio entre Dólar e Real, não muito. Mas para distribuidoras menores, como Funcom e a Dreamcatcher, pode significar a diferença entre vender para o Brasil ou não. Por exemplo, o jogo Dreamfall, não consigo encontrar em loja alguma por aqui e é a continuação de um dos melhores adventures dos últimos 10 anos (sem exagero, depois falo mais do predecessor). Outros jogos de adventure, que muitos acham ter morrido, continuam firme e fortes, mas ignorados pela vasta mídia americana. Sua produção tem sido feita primordialmente por pequenos estúdios europeus.
A série Nancy Drew, é um exemplo de ótimo conteúdo indisponível para nós, pois não há distribuidor no Brasil... uma pena. Para quem não conhece são vários autores de histórias de mistério e investigação, no melhor estilo Agatha Christie. Encontrei os livros para venda online, mas nenhum jogo sequer, sempre entre os mais vendidos da categoria.

Para quem quer importar jogos, é uma maravilha. Não há meio físico, portanto, nada de atrasos de aduana, impostos cretinos e acumulativos que fazem um jogo de 40 dólares custar 92 dólares. É a forma mais justa também, já que algumas empresas estão fazendo a distribuição direta, ou seja, o pequeno estúdio que desenvolveu não precisa, exatamente, de um enorme distribuidor ditando as regras para colocar o jogo à venda. Financiamento, consultoria de mercado e marketing, distribuição física e análise de qualidade, entretando, continua sendo primordialmente um trabalho de empresas como Activision e Electronic Arts.

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