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Até que enfim! Mozilla libera a versão final do Firefox 4

Mozilla libera, enfim, a versão final do Firefox 4. Mais velocidade e grandes novidades, em especial na interface, dão o tom da nova versão do navegador.

13 anos atrás

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Se tem uma coisa que a Mozilla faz direito são as atualizações de seu navegador. O nível de interação com usuários é bem satisfatório. A transparência na relação com os desenvolvedores e o grande número de add-ons provenientes do Developer Hub da casa conseguem encontrar seu caminho em adicionar ao programa sem escangalhar com tudo.

Dessa vez, a atualização para a versão 4 até que demorou um pouco mais do que as outras, mas não veio de mãos vazias.

As primeiras mudanças podem ser vistas na interface e na navegabilidade. A barra de abas foi aprimorada e agora mimica melhor a função de busca do Chrome, onde sugere em tempo real os links mais condizentes com os primeiros caracteres que se digita nela.

Entretanto, A Mozilla optou por ainda não integrar a busca em engines como o Google ou o Yahoo! à barra, mantendo URL e a busca em campos separados na barra de ferramentas. Preferência, estilo, não sei. Mas bem que poderiam...

Nas versões para Windows e Linux está disponível o Firefox Button, um botão no canto superior esquerdo que tem a função de facilitar a utilização do botões de menu do navegador, trocando a barra horizontal padrão por algo mais bem acomodado. No Mac OS X, isso permanece inalterado.

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Caso você não seja familiar dos atalhos de teclado, um novo botão para listar os seus links favoritos foi adicionado.

Uma coisa muito prática agora são as aplicações em abas, ou app tabs. Muitos de nós preferem rodar aplicativos web direto no navegador, mesmo que existam diversos clientes nativos para serem instalados na máquina. Um caso bastante popular é o Google Reader.

Um programa nativo como o NetNewsWire ou o FeedDemon pode agradar a experiência de manipular seus feeds, mas cobra um preço em RAM em por isso. Essas abas permitem que o usuário determine quais web apps quer que permaneçam ali, à espera de serem chamadas para o serviço.

Mecanismos bem mais amigáveis para se reabrir uma aba ou janela fechada foram adicionados, assim como um modo mais fluído para fazer o scroll entre elas.

Se você utiliza o navegador como eu, então tem diversas abras abertas ao mesmo tempo. Isso pode ser algo bastante confuso se você não é lá muito organizado. Para estes últimos, aquela história de ficar clicando em todas aquelas abas pequeninas na barra superior pode dar lugar a uma função chamada de Panorama no Firefox 4.

screen-grouptab-mac.pngAo ativá-la, uma tela é aberta e populada com miniaturas de todas as páginas em aberto, cortando o caminho para um ou dois cliques até o que você queria mas não lembrava onde foi parar. Algo como o que os flow-favoritos do Safari queriam ser, só que dessa vez utilizável, simples e rápido.

Segundo os testes de desempenho que a empresa alega ter feito, o Firefox 4 chega a ser até seis vezes mais rápido que seu predecessor. Está de fato bem mais rápido e eu não saberia dizer exatamente se bate com seis vezes mais. Mas melhorou muito o desempenho, tanto no Linux, quanto no OS X. Imagino que no Windows o resultado pode ser ainda superior ao dos primos.

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Foram inseridas melhorias de segurança, classificação de tags, detecção de atualizações de plugins e diversas opções de personalização. Isso pode parecer frescurinha, mas essa é uma das razões pela qual muitos preferem o Firefox a outros navegadores: a possibilidade de modificar o navegador e torná-lo visualmente naquilo que mais preferirem.

Oferecer uma quantidade razoável de personalizações sem comprometer o DNA e o desempenho de todo o projeto merece ao menos uma nota de respeito. São milhares de extensões, plugins e temas disponíveis e não se tem notícia do Firefox engasgar muito seriamente com isso. Claro, existem add-ons desenvolvidos nas coxas que de vez em quando passam pelo crivo, mas nada grave. Bem joinha.

Como se intitulam os "pioneiros" em HTML5, um novo coding dá suporte à essa tecnologia, prometendo e entregando um bom desempenho. APIs de aúdio e animações baseadas em CSS3 rodam sem sustos e fazem com que essas tecnologias já pareçam algo mais natural e não tão "novo" e explorável por outros navegadores como ainda vemos por aí (oi, IE9!).

Para finalizar, o sistema de sincronia entre navegadores instalados em diversas máquinas e dispositivos móveis, o Sync, foi melhorado e entrega o que havia dito que entregaria: transferências e atualizações de links favoritos, tags e personalizações, aqui e acolá. Funciona como todo mundo já conhece, mas não está ali para competir com traquitanas bacanas como o XMarks ou o LastPass. Se está, perde. Mas funciona.

Para baixar a nova versão para o seu sistema, clique aqui.

PS: A versão 4 matou o suporte ao OS X com processadores PPC. De agora em diante, só Intel 🙁

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