Dori Prata 13 anos atrás
Sempre que as palavras games e arte aparecem na mesma frase, aqueles que defendem os jogos eletrônicos como forma artísticas e os muitos outros que abominam a ideia, rapidamente pegam suas foices e tochas e partem para o ataque. Particularmente de um tempo para cá eu tenho achado que essa discussão é inútil e acho que sendo ou não arte, os videogames não se tornam mais ou menos importantes. Mesmo assim, fiquei pensando sobre o assunto ao ver o game designer Tim Schafer falar brevemente sobre isso, mostrando um ponto de vista que nunca havia percebido.
“Você definitivamente pode ver a marca de Lee Petty ou Tasha Harris em seus jogos e acho que essa é uma das coisas legais. Porque se você for elaborar esse raciocínio sobre os jogos como arte, então acho que eles tem de ser uma expressão das pessoas que os fazem. Não apenas a pessoa no comando, mas o time como um todo e a a companhia que o fez.
Penso que com os jogos nós sempre olhamos para eles e pensamos, ‘Nenhuma outra pessoa poderia ter feito este game, exceto aquela que o fez.’”
Caso não saiba, Petty e Harris são, respectivamente, as mentes por trás do Stacking e do Costume Quest e concordo que certo jogos carregam consigo a impressão digital de seus criadores. Basta ver um jogo de Tetsuya Mizuguchi ou de Shigeru Miyamoto para perceber as características pessoais dos seus autores, assim como acontece com um quadro de Monet ou uma música de Chopin.
Mas viu só, eu não disse que ele normalmente tem coisas interessantes a dizer?
[via Gamasutra]