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Rede Dlink: “Wireless” ou “Speedless”?

Olá pessoALL! É com imenso prazer que aceitei o convite para participar do grupo de colaboradores deste blog tão interessante. Espero estar à altura de um time competente assim. ;) Queria contar uma pequena história: a troca da minha rede para uma versão “wireless”. Como

18 anos atrás

Olá pessoALL! É com imenso prazer que aceitei o convite para participar do grupo de colaboradores deste blog tão interessante. Espero estar à altura de um time competente assim. 😉

Queria contar uma pequena história: a troca da minha rede para uma versão “wireless”. Como mudei a sede da empresa recentemente, fiz as contas e concluí que seria pouco mais dispendioso, considerando a pequena quantidade de estações.

Pois bem, decisão tomada, fui à pesquisa do hardware. Num post recente, discutimos algo sobre um modelo de roteador Linksys, que roda linux. O WRT54GL. “Roda Linux”... palavras mágicas!

No entanto, só encontrei nos EUA... por aqui, foi impossível. O modelo disponível no comércio local era o WRT54G que, na revisão atual do firmware, infelizmente, não suporta outro sistema operacional, que não o de fábrica ( se não me engano, VxWorks ).

Sem solução, fui ao site da distribuição feita sob medida para roteadores ( ) e consegui a lista dos equipamentos compatíveis. Qual não foi minha surpresa, ao encontrar modelos Dlink! Já havia comprado uma solução da marca, na época em que era gerente de redes e fiquei com uma boa impressão. Por que não? A DLink, pelo que tenho lido, tem ganho respeitabilidade no
mercado...

Comprei o modelo DI-524 e três placas DWL-G510. Sempre compro com nota, com raras exceções... no Mercado Livre, as placas podem sair por até R$ 70,00... eu paguei R$150,00. O roteador saiu por R$ 320,00.

Vamos a uma breve análise. Características do DI-524 e das DWL-G510

O roteador é uma caixinha mínima, extremamente leve ( 200 g ), medindo 14x11x3cm.

Infelizmente, esse modelo tem uma saída WAN Ethernet e não ISDN, o que significa que será necessário manter o modem ligado à linha telefônica.

roteador.jpg
Perdoem a qualidade da foto... Ao fundo, meu modem Speedstream.

Ele atende ao padrão 802.11g, garantindo 54Mb/s, numa taxa auto-negociada, que pode chegar a meros 9Mb/s ou 1Mb/s, no padrão 802.11b. A faixa de frequência é de 2.400 a 2.4835 Ghz, comum nesse tipo de equipamento. O alcance pode chegar a 400m, mas não espere muito mais que 60m, num ambiente fechado ( a DLink diz chegar a 100m ).

A parte traseira tem quatro portas ethernet 10/100 que, na verdade, são um switch.

Na frente, existem 8 leds verdes, indicando o status do sistema, da wan, da rede sem-fio e das portas ethernet do switch.

A configuração é feita pela tradicional interface web da D-Link, muito amigável e rápida. Não existe possibilidade de conexão serial.

As funções de firewall são simples, mas eficientes, para uma rede pequena: NAT, filtro de URL, bloqueio de ips e macs. Suporta UPnP, uma entrada DMZ, dez entradas para servidores virtuais ( port forwarding ) e VPN.

As DWL-G510 são placas PCI comuns, com todo circuito coberto por uma blindagem, com um adesivo DLink. Nada de especial.

Instalação

A instalação foi extremamente simples. Os cds são auto-executáveis e, no caso do roteador, havia um gráfico animado, mostrando o passo-a-passo, inclusive com os cabos que deveriam ser reconectados. Muito bom. Aliás, acompanha o conjunto um cabo ethernet azul, de um metro e meio, que ajuda o novato que não tem quilômetros de cabos jogados no armário, nem dúzias de conectores RJ-45 virgens.

Em menos de quinze minutos, os micros já estavam conectados pela rede wireless.

Se o usuário quiser usar encriptação ( o que recomendo fortemente ), automaticamente um serviço, instalado pela DLink, é inicializado. No entanto, segundo o fabricante, pode haver degradação da performance.

Impressões durante o uso
O acesso à internet estava perfeito. Os três micros indicavam acesso a 54Mb/s e ótimo nível de sinal. Não poderia ser mesmo diferente, todos estão a menos de 10m do roteador.

Aproveitei que tudo parecia funcionar e fui mais a fundo nas telas de configuração.

Encriptação, firewall, filtro por ip e mac, lista de ips e sites banidos, atualização automática no DynDNS e assim por diante. “Dinheiro bem gasto”, imaginei. A atualização do DynDNS não funcionou muito bem, porque o roteador manda o ip da porta wan que, no meu caso, também é inválido ( meu modem está configurado como roteador ).

O problema apareceu logo que tentei copiar um arquivo de outro micro. A rede simplesmente parou! Medindo a taxa de transferência, fiquei perplexo: 600kb/s! Muito, mas MUITO longe dos 54Mb/s prometidos...

Aí começou o suplício: liguei para suporte no Brasil por toda uma manhã e só conseguia ouvir a mensagem de que “... todos os nossos operadores estão ocupados no memento...”. Decidi ligar para o departamento de marketing e de lá, me passaram para a gerente de suporte, que desligou o telefone na minha cara. Grande consideração pelo
cliente...

Mandei um email para o suporte nos EUA, mas a resposta foi “como compartilhar uma pasta no Windows XP”... rigth...

Logo em seguida, o suporte no Brasil me mandou um email, pedindo meu telefone, pois iriam ligar. Realmente ligaram, indicaram algumas modificações na configuração e ficaram de enviar um novo firmware. Isso foi há cinco dias... e nada de chegar o tal arquivo.

O pessoal do suporte americano ainda me mandou mais dois emails mas, na impossibilidade de solucionar o problema, pediram que ligasse pra lá. Detalhe: nada de tool free ( o 0800 de lá ). Não acho que compense.

Como ninguém me responde na DLink do Brasil e não posso ficar com a rede parada, encomendei hoje um Linksys e pedi meu dinheiro de volta, na loja. É uma pena, a empresa tinha se mostrado uma boa opção, até hoje...

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