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Review Open Suse 10.1 Parte I: Preparos iniciais e considerações

18 anos atrás

Quando mencionei para amigos e colegas que ia fazer um review, como usuário (explico já) do Open Suse 10.1, vários pedidos foram feitos, mas um foi constante: riqueza de detalhes, incluindo o meu perfil.

Sobre o autor
Sou analista de sistemas e trabalho com a criação, modelagem, documentação e implantação de software. A primeira linguagem que aprendi foi C e não parei mais. Com o tempo a programação foi dando mais espaço a engenharia de software e a tendência deve continuar assim, mas minhas raízes nerds não foram perdidas.

A última vez que teste o Linux foi quando estava escolhendo entre o Red Hat 8 e o Mandrake 9. O Ubuntu ainda era um sonho e desde então, meu contato com o Linux foi apenas frugal, como Live CD de Ubuntu e Kurumin. Meu último contato com o Suse foi há pouco mais de um ano, com a versão 9 para testar o Mono, uma plataforma de trabalho .Net Open Source e disponível para o Linux, mas não me aprofundei no sistema operacional.

Profissionalmente, nunca usei o Linux, pois as empresas por onde passei, todas usavam como desenvolvimento, sistemas e softwares da Microsoft, mesmo quando o projeto era em Java. Portanto, irei encarar o sistema como um usuário e não como um profissional que sairá recompilando bibliotecas e usar o código-fonte de drivers para fazê-los funcionar.

Quanto ao uso profissional do Suse Linux, discutiremos adiante.Preparando o Terreno
O preparo para a instalação de um sistema operacional não é o mesmo para testar um jogo, por exemplo. É um software muito complexo e sua função principal é expor o hardware de forma a ser utilizado por programas. Essa é a função essencial. Interface gráfica, jogos, programas, compiladores, criar e ouvir mp3 são aplicações que usam a plataforma padronizada pelo sistema operacional.

Enquanto escrevo essas linhas, minha gravadora de CD/DVDs não pára de funcionar, fazendo backups de arquivos importantes e estou com um disco dedicado de 80GB apenas para guardar arquivos.

A instalação do Suse será feita em condições semelhantes as do Windows XP SP 2: disco e partição únicos e completamente formatados. Não será preciso dividir espaço em disco e o sistema operacional terá liberdade de configurar partições.

O hardware de testes é um computador PC Frank 2004:
Athlon XP 2500 Barton Core
Mainboard Asus A7V600
1GB de RAM em 2 módulos de 512MB
ATI Radeon 9700 Professional 128MB
Sound Blaster Live! 5.1
Gabinete Leadership Gamer II
Fonte OCZ 450W
Monitor SyncMaster 940b
Logitech Elite Keyboard
Microsft IntelliMouse Explorer 4.0

Não é uma máquina top de linha, mas roda vários jogos 3D muito bem, como World of Warcraft com tudo no máximo. O monitor está na resolução máxima nativa de 1280 x 1024. A fonte OCZ foi caríssima, mas depois de perder a antiga placa mãe por causa de uma fonte de alimentação Upson de 49 Reais, resolvi apelar para um fonte com fornecimento real e de boa qualidade. O gabinete é bem refrigerado, com um bom fluxo de ar e como vocês podem ver, ele não fica enclausurado embaixo daquelas mesinhas de madeira que são um forno qualquer época do ano. Com isso, a máquina é muito estável. Tudo isso está protegido por um no-break em caso de picos de luz ou quedas de força.

O Suse será instalado direto de uma imagem de DVD, baixada via BitTorrent do próprio website deles. São 3,6GB ao todo ou 6 CDs. Nada mal!

Um perfil para cada momento
Não existe uma definição específica do meu perfil de uso. Nesse momento, sou um usuário, digitando o texto no Notepad2. As minhas necessidades como usuário são praticamente as mesmas que qualquer micreiro:

- Acessar e navegar pela web, de forma segura, rápida e fácil de configurar.
- Ler e criar documentos de texto, planilhas e apresentações. Poder ler e exportar texto em PDF.
- Editar imagens de forma básica e fazer o tratamento delas. O editor ideal é muito mais que o Paint e muito menos que o Photoshop.
- Gravar CDs e DVDs, assistir filmes e ouvir música no PC.
- Utilizar webcam, comunicação via voz, reconhecimento da câmerca digital e pen drive.
- Configurar o sistema o mais rápido possível para poder realmente usá-lo.
- Instalar e desinstalar software deve ser fácil. Não posso perder tempo descobrindo linhas de comando. O tempo é precioso e essa curiosidade deixo para quem desenvolve o sistema e se diverte ou vive disso.

Agora, as necessidades do Gamer:
- Rodar vários jogos online, de forma satisfatória e com performance razoável: World of Warcraft, Civilization IV, Guild Wars, Neverwinter Nights, Half-Life 2, Empire at War, KOTOR 2 e Myst IV e o jogo de brincar de casinha que as mulheres adoram: The Sims 2. Sim, todos comprados legalmente.
- Aceitar periféricos como JoySticks. Vou testar com um da Microsoft. 😉

Quando o Linux é criticado no aspecto de jogos, recebo uma torrente de e-mails com listas de títulos disponíveis. Muito bom, com um detalhe: me interessei por apenas 2 deles. Comprar um console é outra recomendação. Obrigado, mas não, obrigado. A plataforma escolhida é o PC mesmo.

E finalmente, as necessidades do profissional:
- Ferramentas de modelagem UML 2.0. Se a ferramenta for CASE, melhor ainda. Existem dúzias disponíveis para Windows, com preços muito razoáveis.
- Ferramenta que possa modelar bases de dados de forma lógica, para que a modelagem física fique livre para determinar qual tecnologia será usada e gerar os scripts de criação de tabelas, triggers, procedures.
- Software de controle e gerenciamento de tarefas. Existem soluções comerciais online, mas em empresas, é preferível usar a rede inter para economizar com os custos de link e ter o backup do histórico, além de controlar o conteúdo e propriedade intelectual envolvidos.
- Ferramentas de programação com suporte a C/C++, Java e C#.Net 1.1 e 2.0. Não há interesse apenas no compilador e sim IDEs completas.
- Ferramentas para testar e homologar softwares para dispositivos móveis criados em Java e .Net, tanto para sistemas proprietários quando Symbian e Windows Mobile.
- Poder rodar um servidor web localmente, para testes. Quanto mais fácil configurar a segurança e permissões, melhor.
- Rodar clientes de SGBD compatíveis com SQL Server e Oracle.

O foco do review será para Usuário e Gamer, mas farei testes para a parte profissional também, em um segundo momento, pois esse leva tempo para acostumar e descobrir tudo. Espero que me acompanhem durante o processo, pois espero relatar aqui os meus tropeços, dificuldades e sucessos.

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