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Tablets: Status quo e os contenders

Visão geral dos tablets, seus principais sistemas operacionais e um competidor que promete bater de frente com a Apple.

13 anos atrás

Sejamos francos e anti-fanboyzices: nada ainda se compara ao iPad.

Os netbooks são o que são: sub-computadores que não fazem o serviço e mais irritam do que ajudam. Dos tablets, o mundo ainda não se convenceu de que o Android 3.0 será a salvação de todos — até mesmo porque só o Xoom da Motorola parece estar a altura de dizer que está na mesma liga que o iPad. Pessoalmente, acho que não. Como disse o Cardoso uma vez: "Pelo Flash? E daí?"

Na mesma fileira, estão as infestações bacanas e medonhas dos tablets movidos à versões anteriores do Android. O que, ao meu ver, são opções secundárias para quem não conseguiu colocar a mão em um iPad por qualquer razão que seja. Sem falso partidarismo, só escolhe o xing-ling Android sobre o iOS (até esse momento) quem não pode. Tablets lentos demais, estranhos demais, ainda incapazes demais tornam o iPad (que também não é o máximo que essa indústria ainda vai alcançar) a melhor opção inconteste.

A maioria dos tablets hoje, em especial os que se arriscam com Windows 7, são como netbooks sem teclado, que acabam sendo usado com teclados wireless. E separando o joio do trigo, a experiência mobile esperada do tablet não tem nada que ver com o mesmo OS que eu e você usamos em nossos desks ou laptops. Insistir nisso é ou um erro ou falta de opção. Na minha humilde visão: ambos.

Já não se discute mais a vantagem de uma experiência online proporcionada por um tablet diante de qualquer outra coisa. Para quem já teve a oportunidade de usar um iPad para funções além de crítico-turista no aparelho, é fácil dizer que desde a edição de pequenos vídeos, qualquer coisa na Web, até a elaboração de textos em grande volume (com ou sem um teclado wireless), é algo perfeitamente razoável para a experiência mobile e resultados esperados para um tablet. Já controlei servidores, FTP e ambientes de PMP de um iPad (em alguns casos até de um iPod) e não o faria nem morto de um netbook, netpalms, padpiriris, freakloops e whattahells.

Resumo da odisséia:

  • O Windows 7 não serve o tablet. Essa mania da Microsoft de Frankensteinizar tudo, achando que resolve o problema, me irrita. Achar que basta adicionar o suporte a touchscreen no mesmo OS que temos na máquina do escritório (plim!) resolve o mundo é enervante. Como consumidor, me sinto subestimado. "Olhe, compre o novo gadget. O nosso OS de mesa serve!". #NOT!
  • O Android subjaz em seu próprio discurso de competidor, mas na verdade é apenas a melhor opção disponível no momento. Ainda não é (e está longe de ser) algo que se equivalha. Muito se fala, mas na real, ainda está aquém do esperado, do ideal. Resta saber se o Honeycomb e os novos tablets que estão para desembarcar vão melhorar isso um pouco. Como eu disse: melhorar. Não superar (muito improvável).
  • O Windows Phone 7 acabou se tornando uma piada sem graça. Um dos hypes que eu honestamente acreditava e que me desapontou imenso. Toneladas de reviews e muita especulação, para um OS móvel medíocre e que não pode nem sonhar em se candidatar a dispositivos maiores do que um smartphone HTC que glitcha e reboota quando "não aguenta o serviço".
  • O WebOS. Sobrou para ele. Embora eu ache que a HP esteja cometendo parcialmente o mesmo erro da Microsoft em relação ao WP7. Demora muito, alimenta o hype e gera expectativas absurdas no grande público. A razão que motiva o meu comentário é que eu cheguei a usar (e criticar) o WebOS por algumas semanas e, franca e inarbitrariamente, é um ótimo OS. Especialmente no que diz respeito às tendências e direções (mobile/pad/tablets) que o futuro da comunicação deve continuar a seguir a curtíssimo-prazo. Que não demore.
  • De resto, dá para ficar scroll-dias escrevendo sobre coisas como os HTC Shifts com Windows 7, os Archos, os JooJoos e dezenas de outros falhados da vida que, de tão confusos com a variabilidade nas demandas do usuário, chegam a deixar vermelho o mais audacioso dos investidores. Felizmente, o consumidor começa a ditar e colaborar com o desenho dos primeiros padrões para essa indústria. Mas é tanto dinheiro investido em coisas tão absurdas, que eu vou lhe dizer... dá dó.

Todavia...

Para não ficar só escupinchando geral, vou recomendar um contender que penso ser algo digno de uma menção e da nossa observação. Parece mesmo que tem gente trabalhando de maneira entusiasmante (ao invés de permanentemente "promissora").

Afinal, o que você diria de um tablet com uma tela Pixel Qi de 10", cujo coração bate a partir do novo processador NVIDIA Tegra 250 (Dual Core Cortex A9), que dá suporte a Bluetooth, Wi-Fi, GPRS e 3G, com GPS, acelerômetro 3-angulado, tem uma câmera de 185º com 3,2 MP e foco automático, em um OS totalmente novo e independente e com uma bateria que deve durar (segundo o fabricante) pelo menos 3 vezes mais do que o iPad? Ah, eu falei que o OS dará suporte ao Adobe AIR, Flash, etc...? Que ele tem HDMI e suporte a HDTV (Full HD 1080p)? Então não preciso nem falar que ele também terá USB, miniUSB e aceita cartões SD de qualquer tamanho... Só vai faltar ele rebolar, te trazer a cerveja e chamar você de 'meu mininão'.

Vai que é hype, pode ser (provavelmente) que não. É o caso do Adam, fabricado pela NotionInk e que deve chegar às tuas alternativas em breve. A empresa coloca nos specs do produto uma tal "característica/função misteriosa" como um adicional que deve aparecer somente no lançamento. O Adam já foi mencionado em varias publicações e é tido como um dispositivo a ser observado.

Acesse o site do Adam aqui, leia tudo, veja todos os vídeos e revise-o bem. Achei um dos sites de pré-lançamento de produto mais bem desenvolvidos e claro o bastante para diluir os exageros. Claro que tem sua pitada de marketing. Claro que quer vender bem o produto. Mas o material, design, conceito e especificações levam a real para olhos minimamente informados de que o Adam pode vir a ser um contender verdadeiramente à altura.

O que me leva à velha questão: OS. A Apple só está onde está com o iPad e suas outras linhas por conta do iOS. Tudo bem, muito marketing e fanboyzice também. Mas o marketing apenas leva você até lá. Bater recordes históricos e permanecer por ali por um bom período, exigem coisas que vão bem além de mera mercadologia.

OS é tudo? Porque hardware, sabemos: só baixa ou aumenta o preço e o desempenho...

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