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Games são a Oitava Forma Arte

18 anos atrás

Eu considero os jogos a oitava forma de arte. E é uma arte coletiva também, feita por várias pessoas. A diferença entre as outras é que os jogos utilizam de vários recursos como pinturas e desenhos, fotografia, atores reais com atuação por voz, atores reais, filmes, animações, música e efeitos sonoros feito em estúdios de primeira. Além disso tudo, o apreciador dessa arte é o centro das atenções ou em jogos online, faz parte da obra.

Os jogos são, em outras palavras, uma evolução das formas de expressão artística e cultural, usando e empregando a tecnologia, sendo um dos principais fatores para compra de novos equipamentos. Já estamos com uma segunda geração que cresceu jogando videogames que se tornou adulta e outra a caminho.
Em termos de mercado, os games chegaram na adolescência. É a fase de experimentação e de uns 2 ou 3 anos até o momento, temos visto jogos memoráveis, mas MUITO lixo tem sido produzido também. Os adventures praticamente sumiram, mas seus elementos principais foram mesclados e absorvidos por toda indústria, como narrar uma estória, um bom roteiro, solução de problemas e diálogos inteligentes. Um jogo de tiro que serve apenas para matar zumbis é apenas mais um. Agora, coloque uma motivação, enredo, personagens cativantes, estória intrigante e memorável, e você tem em mãos um Resident Evil.

O problema é que agora todo artista, pseudo-artista, endinheirado com fama e até o filho do presidente quer tirar uma casquinha desse mercado, sem entender o que ele realmente significa. É como o cara que quer pintar quadros impressionistas porque ouviu falar que é moda pintar quadros impressionistas, mas não entende nada do que o movimento quer dizer.

Um exemplo disso é a entrada da Paris Hilton no mundo dos jogos para celulares. É triste, mas quem sabe algo de positivo como abrir mais o mercado feminino. O mercado de games é implacável e vários bons jogos todo ano são ignorados e os jogadores, por força do marketing, ficam jogando umas porcarias por aí, sem saber que existe coisa muito melhor.

É uma pena que o Brasil ainda esteja imaturo demais para sustentar um mercado de jogos interno. O cinema está se recuperando, mas ainda não está consolidado. Um filme de sucesso ainda é notícia nas publicações sérias do país. O mercado de jogos aqui está muito, mas muito atrasado em relação aos japoneses, coreanos e chineses, indianos, norte-americanos e europeus. Não estou falando de importações, mas de jogos feitos por brasileiros para brasileiros, usando a cultura nacional.

E porque essas nações possuem mercados tão vibrantes e auto-sustentáveis? Não existe um único fator, mas é fato que são países que fizeram reformas na Educação, Política Tecnológica e Industrial e Sistema Tributário. Na Índia, por exemplo, o mercado de jogos de celulares explodiu, com jogos sendo vendidos a 2 dólares e vendendo literalmente milhões de licenças.

Espero, sinceramente, que os nossos governantes reconheçam a importância que uma indústria como essa pode fazer para um país, como exportação, geração de empregos e também como enriquecedores culturais. Os tempos de "jogo é coisa de criança", afinal, quase todos os meus amigos e colegas jogam e são todos uns marmanjos com mais de 25 anos, vários já com filhos, que já estão devidamente iniciados nos jogos aos 3 anos de idade.

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