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O Linux morreu

Discussão sobre a viabilidade e as falhas do Linux em desktops.

13 anos e meio atrás

Isso não é nenhuma novidade, é? Afinal de contas, quantas vezes a maioria de nós já foi chamada para “colocar o Windows” em um notebook novinho em folha, comprado nas Casas Bahia? Ou naquele “super-maxi-hyper-double-power” desktop “comprado especialmente para jogar, mas não quer rodar o UOU”?

Ah! E antes de que me batam, atirem pedras ou iniciem um ataque DoS ao site, essa não é apenas a minha opinião. É também a do Cardoso e dos outros 99% de usuários “desktop” que não são Lusers (Linux users).

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Para melhorar (ou piorar, dependendo de que lado você esteja), ainda há o reforço de Robert Strohmeyer, da PC World. Em seu artigo, ele corrobora várias das opiniões mundialmente compartilhadas, algumas das quais discutidas aqui mesmo no Meio Bit, como, por exemplo, a de que a comunidade perdeu uma enorme (talvez a maior) chance de “converter” usuários ao deixar “passar batido” o fiasco do Windows Vista.

Como diz o Cardoso, a Microsoft não é a melhor, a concorrência é que é ruim.

Vejam outro caso ilustrado lá: o da Apple. Vocês realmente acreditam que os Macs ainda tenham um “hardware superior”? “Software Superior”? Talvez concordemos  com um “marketing superior”! Tão superior que faz com que os Seguidores do Pomar tapem os olhos para fatos simples, como os apontados pela Secunia, que elegem a Apple como a empresa com o maior número de vulnerabilidades.

Apesar do choro de alguns, o Ubuntu é amigável o suficiente para usuários ditos “normais”. “Ah! Mas a configuração RAID na minha placa russa precisou ser feita na linha de comando!”. Menos, Flipper, menos. Digamos que o Ubuntu seja “amigável o bastante”, como os MP23 são "amigáveis" o bastante para vender mais que o iPhone.

A questão é que, tirando a natural resistência do ser humano à mudança, há, sim, “Linuxes” prontos para o Desktop. E, mesmo assim, mesmo sendo gratuito, ninguém usa (ok, ok… 1% usa).

Outro problema, que também é uma enorme virtude se visto por outro ângulo, é a fragmentação de versões, o que leva a um esforço de marketing pulverizado (quando existente). E nem vou falar sobre DRM.

Particularmente, acho que tudo se resume a isso: marketing. Não importou o OS/2 ser muito melhor que o Windows. Não importa a Pepsi ser mais gostosa. O que importa é que Papai Noel veste vermelho e os ursos polares tomam Coca-Cola.

O artigo destaca outros pontos interessantes, vale a leitura.

Como não há mal que nunca acabe, o sistema se dá muito bem em servidores (onde o OS X e o Windows HPC ficam muito, muito para trás) e dispositivos embarcados (muito, muito além dos celulares).

Qual é a solução? Focar apenas em computação de alto desempenho e sistemas embarcados? Não, talvez a “computação na nuvem” traga novas oportunidades que não sejam desperdiçadas. Mas esperar que haja “um linux em cada casa” e que ele esteja no micro do quarto… é sonho. Ou pesadelo.

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