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Leitores de feeds estão longe de morrer

Bloglines fecha as portas e reacende a discussão: estariam os leitores de feeds em decadência?

13 anos e meio atrás

RIP Bloglines.

RIP Bloglines.

Houve muita consternação semana passada com o anúncio da Ask de que o Bloglines, leitor de feeds pioneiro, fechará suas portas em breve. Não sei se alguém ainda o usa atualmente, mas esse serviço marcou a gênese do RSS, foi de suma importância para popularizar a tecnologia e tem um espaço reservado no coração de milhões de geeks que maravilharam-se ao constatar que poderiam concentrar num único local todos os sites que acompanhavam.

O anúncio do fim do Bloglines reacendeu uma discussão relativamente antiga, a do fim dos leitores de feeds e do RSS em si. A grande crítica a eles é a ausência do fator tempo real, tão presente em outros serviços, como o Twitter, que indiretamente acabam afetando Google Reader, Bloglines e companhia. Nem mesmo o advento de tecnologias como a pubsubhubbub, que trazem esse fator ausente aos sites que a implementam, parece diminuir a ânsia por tempo real das pessoas.

Ou não?

Google Reader: Ao infinito e além!

Lemos muito sobre essa decadência dos leitores de feeds, mas na prática, pelo menos no (ótimo) Google Reader, a situação é inversa. O gráfico ao lado representa o crescimento da base de usuários ativos do sistema, aqueles que usam a ferramenta pelo menos uma vez por semana. Há um crescimento constante, o que vai contra o que muitos "analistas" dizem por aí.

É preciso lembrar, ainda, que o RSS é o meio pelo qual muitos sites distribuem conteúdo em redes sociais. FeedBurner e Twitterfeed desempenham esse papel de modo bem transparente e automatizado, ambos embasados nesse padrão.

O que não se pode negar é que o uso dos leitores de feed está mudando. Se antes cadastrávamos tudo de interessante encontrado nas andanças pela Internet, hoje somos mais seletivos. E o termo dessas seleções não é apenas a qualidade do material, mas a dificuldade em encontrá-lo, o nível de redundância de informações, a relação interesse/necessidade, e muitos outros. Nesse contexto, Twitter e outras formas de comunicação que auxiliam a propagação de notícias entram como complementos. Substitutos, não.

A discussão é longa, mas no fim das contas vale o que for melhor para cada um. Há quem consiga se manter atualizado em seus interesses apenas pelo Twitter, há quem não tem sequer conta no serviço de microblog e relegue totalmente ao leitor de feeds tal missão, e há quem misture os dois. Também existem aqueles que ainda abrem vinte páginas de blogs e sites de notícias de uma vez, lendo direto da fonte as novidades. A beleza da coisa está aí.

Reflexão inspirada pelo GigaOM.

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