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3DNow! ou melhor: 3DGone!

13 anos e meio atrás

Em 1997 a Intel mostrou, orgulhosamente, seu Pentium II. Minha avó perguntou, à época, se eu continuava brincando com meu Atari, já que havia comprado um cartucho novo… numa clara alusão ao formato “diferente” do processador: o controverso Slot-1.

As instruções MMX faziam sucesso com os novos jogos 3D e a arqui-rival AMD não deixaria barato. Beirando o desespero, ela lançou o K6 (cujo projeto fora comprado juntamente com uma empresa chamada NexGen), que tinha bons atributos (como o preço e a compatibilidade de pinos com o Pentium), mas pecava pela fraquíssima FPU.

3dnowJá quase a se jogar do abismo, em 1998 a ela lançou uma correção chamada K6-2, com um “remendo” na FPU e um conjunto de instruções SIMD chamado “3DNow!”. Ao contrário das intruções MMX, os dados processados eram em ponto flutuante: um ótimo apelo de marketing.

Daí para a frente, os ventos mudaram e a AMD teve bons anos: a série K6-2 e K6-III rendeu milhões à empresa, possibilitando o lançamento do Athlon e mais alguns anos à frente da Intel.

Apesar de tudo, o sucesso das instruções “3DNow!” foi relativo e poucos programas fizeram uso de suas capacidades. Hoje em dia, então, são praticamente desperdício de silício. Tanto é assim que no último dia 18 a empresa “puxou o plugue” e avisou que não haverá suporte “3DNow!” em novos processadores.

Ninguém sentirá falta, mas é com um certo pesar que me despeço daquela que foi, talvez, a tecnologia mais certa na hora hora mais necessária da AMD.

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