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Minha pontuação no Twifficiency é -90%. Qual é a sua?

O fenômeno Twifficiency e como nos deixamos levar por coisas simples e bobas...

14 anos atrás

Se você tem conta no Twitter e segue algumas dezenas de pessoas, hoje fatalmente se deparou com algum tuíte com a hashtag #twifficiency. Ela deriva do site homônimo, o Twifficiency, que promete calcular a eficiência do seu perfil na rede baseado nas suas atividades nela. A grande pegadinha está no fato de que, para experimentar, o usuário concorda previamente em mandar um tuíte automático com sua nota e aquela frase irresistível para a maioria: "Veja sua nota também".

Aí entra aquela questão de ego, do "o meu é maior que o seu", e todo mundo usa o sistema e espalha ainda mais a mensagem. E mais e mais e mais. Até o ponto em que começam a reclamar de spam, o que acaba tendo efeito contrário, a mesma coisa que acontece com quem reclama de Justin Bieber, Fiuk e similares.

Agora vem a parte legal. Estava intrigado com a repercussão desse negócio, e o quão notas ruins fazem pessoas que considero pra caramba perderem a estribeira e/ou ficarem procurando pelo em ovo para entender esse tal de Twifficiency. "Ora, como eu tirei só 40%?" Absurdo.

Aí resolvo fazer uma busca no Google (é, aquele site de busca que a gente usava para saber das coisas antes do Twitter aparecer), e ele retorna este artigo do BusinessZone. A bomba: o Twifficiency foi desenvolvido por um garoto de 17 anos. Ele não queria sucesso, nem que sua cria se tornasse trending topic mundial no Twitter. Fez só por fazer e... bem, deu no que deu.

Twifficiency

Twifficiency

Como hoje, na Internet, nada fica oculto por muito tempo, principalmente coisas que se auto-retuítam com consentimento dos usuários, o Twifficiency ganhou notoriedade e, hey, temos aqui um pequeno fenômeno. James Cunningham, o nome do rapaz, ficou assustado com o sucesso, tentou responder tuítes raivosos de gente com o dobro de sua idade indignada com a nota do Twifficiency, e até meio que conseguiu um emprego.

Ah, o Twifficiency não é scam.

Deixa a pergunta a vocês: nesses tempos de informação em tempo real, crowdsourcing e Web social, damos importância demais a coisas relativamente ingênuas? Ou isso é só um reflexo da sempre imprudente curiosidade humana, misturada com a eterna busca por massagem no ego?

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