Mais zumbis é igual a jogo melhor? Não!

Na minha opinião, um dos aspectos que mais ganharam nesta geração foi o número de inimigos na tela. Jogos como Ninety-Nine Nights e Viking: Battle For Asgard conseguiram satisfazer o desejo dos jogadores de ter que dar cabo de um número maior de adversários do que podíamos contar e se a Capcom conseguiu fazer um bom trabalho nesse sentido ainda no início da vida do Xbox 360 com o Dead Rising, era de se esperar que sua continuação alcançasse um novo patamar.

Mas qual seria o limite? Até onde os consoles e as engines conseguiriam nos levar? Sobre isso Shin Ohara, co-produtor do Dead Rising 2 falou em uma entrevista ao site Gamasutra e a resposta é bastante interessante.

“No último ano durante a Captivate nós fizemos uma demo. Tínhamos uma avenida – com provavelmente 10 metros de largura e 200 de comprimento. A enchemos com cerca de 7000 zumbis. Depois de aproximadamente 3000, você não pode notar a diferença porque a tela é preenchida de qualquer maneira. Mais de 3000 arruína a experiência, não se trata mais de um jogo. Nós podemos colocar algo em torno de 7000 zumbis se quisermos, a nossa tecnologia não nos limita. Se o jogo mostra apenas 500 ou 1000 zumbis, não é o jogo que limita. Nós temos o suficiente para que as pessoas se divirtam com eles e a jogabilidade seja gratificante.”

Se isso quer dizer que nunca veremos um jogo com mais de três mil inimigos na tela eu não ousaria responder, mas acho que o Sr. Ohara tem razão. Se pegarmos o Left 4 Dead como exemplo, acho que todos concordarão que ele seria “injogável” com um número tão grande de morto-vivos para encarar e sua graça está exatamente nas pequenas ondas de inimigos que surgem de tempo em tempos.

Seja com 20 ou 2000 inimigos ao mesmo tempo, o importante é que o jogo seja divertido e quanto a isso acho que a Capcom conseguirá realizar um bom trabalho.