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Entrevista: Guilherme Camargo, da Microsoft Br

14 anos atrás

Há alguns dias a Microsoft revelou que passará a vender os dois modelos do Xbox 360 (Elite e Arcade) no Brasil, assim como acontece nos Estados Unidos. Além disso, os pacotes nacionais virão com novos jogos e a empresa afirmou que lançará o seu sistema de detecção de movimentos por aqui.

Para aproveitar a ocasião, conversamos com Guilherme Camargo, gerente de marketing para o Xbox 360 na Microsoft Brasil e tiramos algumas dúvidas sobre o preço dos consoles, a situação do aparelho no país e a possibilidade de novos jogos receberem dublagem e legendas em português.

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Meio Bit Games: Como ficamos sabendo na semana passada, passaremos a ter duas opções na hora da compra do Xbox 360, os modelos Elite e Arcade. O que muitos querem saber é: se nos EUA a diferença de valor entre eles é de US$ 100, porque no Brasil teremos que pagar R$ 750 a mais pelo console top? Sabemos que os impostos por aqui são abusivos, mas o que explica um PS3 ser vendido por aqui em grandes redes custando menos que um Xbox 360?

Guilerme Camargo: A diferença do preço entre os dois modelos é imposto. No Brasil o produto entra a um determinado valor e em cima dele incidem os impostos em forma de cascata. Até o momento não houve o lançamento oficial do PS3 trazido pela Sony Brasil, portanto você deve estar comparando o Xbox oficial com o concorrente importado por distribuidores não-oficiais.

MBG: Como a Microsoft enxerga o Xbox 360 no Brasil hoje? O saldo é positivo?

GC: O saldo é positivo. Temos progressos significativos nesses últimos 3 anos que estamos oficialmente no mercado de videogames. Se você pensar que esse mercado ficou abandonado pela indústria por muitos anos e que nós reabrimos o caminho para diversos investimentos e discussões para desenvolver o mercado oficial, temos muito a comemorar. Ainda é cedo para afirmar que somos um mercado maduro, mas creio que nos próximos anos tiraremos o atraso e conquistaremos o espaço do Brasil no mercado mundial.

MBG: Atualmente, quais as maiores dificuldades ao se vender videogames no Brasil?

GC: Hoje temos uma alta carga tributária para a categoria, altos níveis de pirataria que inibem novos desenvolvedores/distribuidores a entrar no país e contrabando.

dori_gc_10.02.10 MBG: Existe alguma iniciativa da Microsoft junto ao nosso governo visando à redução dos impostos dos games?

GC: Existem diversas iniciativas da ABES que representa não apenas a Microsoft mas outras empresas do mercado para elevar a discussão com o governo.

MBG: Até que ponto a chegada da Sony no país pode ser vantajosa para a Microsoft?

GC: A partir do momento em que se compete de igual para igual com um concorrente de respeito como a Sony, torna-se uma vantagem para melhorar a exposição mundial do mercado nacional e expansão das plataformas. Hoje a Microsoft Brasil concorre com o próprio Xbox vendido no mercado paralelo e com concorrentes importados por distribuidores não oficiais.

MBG: Durante a E3 de 2009, um dos maiores destaques da apresentação de vocês foi o Mylo rodando no Project Natal. Podemos ver como o menino conversava com o jogador e me pergunto como ficarão aqueles que não falam inglês? Existe alguma intenção em localizar o jogo para o Brasil / português?

GC: Não temos informações sobre isso ainda.

MBG: E quanto à dublagem/legendas de jogos em português? Existe alguma previsão para novos títulos?

GC: Por enquanto não há previsão de novos lançamentos 100% localizados.

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Gostaria de agradecer ao Guilherme Camargo pelo tempo dedicado às nossas perguntas e a assessoria de imprensa da Microsoft Brasil por ter tornado possível a entrevista.

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