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Para evitar excessos, Tencent propõe contrato entre pais e filhos gamers

Após críticas por seus jogos estarem viciando o público mais novo, a Tencent divulgou a criação de um contrato que seria assinado pelos pais e os filhos gamers. A ideia é que a molecada ganhe mais tempo para jogar ao realizar certas tarefas.

6 anos atrás

Uma das maiores empresas do ramo e dona de alguns dos jogos mais adorados em todo o planeta, há algum tempo a Tencent vem sendo acusada por títulos como Arena of Valor e League of Legends causarem dependência nas pessoas, especialmente os mais jovens. Então, para tentar se livrar ou pelo menos amenizar a polêmica, a editora está planejando uma proposta um tanto inusitada.

A ideia seria oferecer um contrato digital para os pais e os jogadores em que ficaria combinado que, para terem direito a mais tempo de jogatina, a molecada obrigatoriamente teria que obter notas melhores na escola e realizar tarefas em casa. A novidade foi revelada ao The Wall Street Journal por Ma Huateng, presidente-executivo da Tencent e para incentivar ainda mais o cumprimento do acordo, o contrato poderá ser visualizado pelos amigos das crianças.

Com o Arena of Valor sendo extremamente popular na China, com cerca de 200 milhões de pessoas jogam ativamente, o governo local tem batido duramente na Tencent nos últimos meses, inclusivo com uma pessoa do alto escalão tendo associado o jogo ao ópio. Então, diante de uma situação tão crítica, a editora estaria se vendo obrigada a tomar alguma atitude.

Vale lembrar que recentemente até a Organização Mundial da Saúde chegou a cogitar considerar o vício em jogos eletrônicos como um distúrbio mental e convenhamos, por mais que qualquer empresa queira um número cada vez maior de pessoas jogando seus títulos pelo maior tempo possível, nenhuma deseja ver seu nome relacionado a esse tipo de assunto.

No caso do Arena of Valor, o título já conta com um recuso que desincentiva as pessoas a continuarem jogando por muito tempo, com os bônus de experiência e pontos diminuindo conforme ele encarar mais partidas. Porém, isso não parece estar sendo o suficiente para minimizar as críticas e a implementação de tal contrato poderia ser a solução.

A minha dúvida é se isso realmente será o suficiente para contornar o problema e por mais que eu morra de medo de queimar a minha língua no futuro, a sensação é de que no fundo tudo não passa de uma falta de imposição por parte dos pais.

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