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CD Projekt Red, microtransações e custo × benefício

Após serem duramente criticados por revelar que o próximo jogo do estúdio contará com elementos online, cofundador da CD Projekt Red fala sobre microtransações e como eles enxergam a relação custo × benefícios para seus jogos.

6 anos atrás

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Com o mundo caindo sobre as empresas que adotaram microtransações e loot boxes como uma maneira de aumentar seus lucros, talvez o CEO da CD Projekt Red não poderia ter escolhido um momento pior para anunciar que o próximo título da desenvolvedora polonesa contaria com elementos online. Depois Adam Kiciński até tentou tranquilizar os fãs, dizendo que a ganância poderia ficar para os outros, mas mesmo com os meses tendo se passado, o assunto parece continuar incomodando a companhia. Agora, com a poeira tendo baixado um pouco, Marcin Iwiński falou sobre o que eles pensam em relação a essa prática.

Se você compra um jogo de preço cheio, você deve levar um grande e polido pedaço de conteúdo, que lhe dê muitas e muitas horas de divertida jogabilidade. A definição de ‘muitas’ pode variar de título para título, mas no nosso caso sempre é 50 ou mais de 60 horas para a história principal, com algumas centenas de horas para as atividades paralelas — se você realmente quiser dominar o título. Para mim, isso parece um negócio justo. Você recebe por aquilo que pagou, além de estarmos sempre tentando fazer o melhor parra entregar mais. Não existe relações públicas melhor do que um jogador feliz recomendando o seu título para os amigos.”

O cofundador do estúdio aproveitou para explicar como eles diferenciam as expansões dos DLCs. Para ele, enquanto o primeiro deve trazer bastante conteúdo, assim como fizeram com os pacotes Hearts of Stone e Blood and Wine para o The Witcher 3; o segundo funcionaria como adições menores e deveriam ser distribuídas gratuitamente, novamente citando o exemplo do RPG estrelado por Geralt.

Iwiński ainda falou sobre os títulos gratuitos como o Gwent. Nele o ideal é que as pessoas possam conseguir cartas apenas jogando, mas ter a opção de pagar por elas ou por itens cosméticos. No entanto, o fundamental é que independentemente do modelo de negócios, que a desenvolvedora seja transparente com o consumidor, deixando claro o que o dinheiro dele garantirá.

No momento em que eles sentirem que você está alcançando suas carteiras de uma maneira injusta, eles se farão ouvir. E — para ser franco — acho que isso é bom para a indústria,” afirmou Marcin Iwiński.

Eu não tenho a menor dúvida de que ao ler tais palavras, a maioria dos jogadores concordarão e aplaudirão a opinião do executivo. Alguns podem até dizer que tudo não passa de papo furado para agradar os consumidores, algo tão comum nessa indústria, mas olhando para o histórico da CD Projekt Red, não creio que seja o caso.

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