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OMS poderá considerar vício em videogames como distúrbio

Organização Mundial da Saúde inclui o “Transtorno de Jogos” em uma lista prévia de doenças reconhecidas e levanta o debate sobre o poder viciante dos games.

6 anos atrás

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Você provavelmente já disse que estava viciado num jogo ou já foi acusado por algum parente de não conseguir largar os games. Porém, mesmo muitas vezes isso não passando de uma força de expressão, este é um problema realmente sério, que afeta muitas pessoas ao redor do planeta e percebendo o risco que ele pode causar, a Organização Mundial da Saúde anunciou que deverá incluir o “Transtorno de Jogos” na sua lista de classificação de doenças.

Após monitorar o comportamento de jogadores por uma década, a entidade chegou à conclusão de que é possível alguns jogos causarem problemas mentais em pessoas que os consomem excessivamente. Veja um trecho da descrição feita pela OMS.

Distúrbios devido a comportamentos viciantes são reconhecidos e síndromes clinicamente significativas associadas a angústia ou interferência com funções pessoais que se desenvolvem como resultado de comportamentos repetidamente recompensadores, além do uso de substâncias produtoras de dependência. Distúrbios devido a comportamentos viciantes incluem distúrbios de apostas e distúrbios de jogos, o que pode envolver comportamentos tanto online quanto offline.

Segundo o documento, o problema estaria a partir do momento em que os jogos começam a influenciar a vida das pessoas, fazendo com que abandonem outras atividades e não percebam os efeitos negativos que eles tem causado em suas vidas, prejudicando áreas como educação, trabalho e família. Ele afirma ainda que este comportamento costuma se tornar mais evidente após um período de 12 meses, quando um diagnóstico pode ser feito.

No entanto, por ainda não se tratar de uma versão definitiva da lista, é preciso que as pessoas tenham cautela antes de taxar os games como causadores de distúrbios mentais. Mesmo porque, para alguns profissionais não é correto comparar os jogos eletrônicos ao uso de drogas, com o prazer encontrado nos games sendo mais parecido com aquele que temos ao comer chocolate ou fazer sexo. Além disso, o problema não estaria exatamente nos jogos, mas na tendência de alguns indivíduos em não conseguirem se controlar.

De qualquer forma, o assunto é muito interessante e acredito que os estudos em torno dele devam continuar. Vez ou outra ficamos sabendo de histórias de pessoas que gastaram quantidades absurdas de dinheiro com microtransações em diversos títulos e até algumas que chegaram a perder a vida após longas maratonas de jogatina. Casos assim tornam claro o poder viciante dos games, mas se não fosse por eles, será que tais pessoas não teriam o mesmo destino, só que em outra atividade?

Fonte: Popular Science.

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