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Hoje alguém copiou meu site. FML

14 anos atrás

Vez ou outra, algum conceito de site varre a web, vira febre e inspira milhares de clones. Ainda se lembra do boom das redes sociais? No Brasil a coisa era tão forte que tínhamos redes hierarquizadas: caiu o orkut? Go go para o Gazzag. Caiu o Gazzag? Go go para a outra rede social (ah, qual é, minha memória tem limite).

No caso das redes sociais, o problema é amortizado pela fidelização dos usuários. Um heavy user do orkut, por exemplo, não migra para a nova rede mais moderna de todos os tempos da última semana, afinal, todos os seus amigos, comunidades e perfil estão numa; migrar é difícil, migrar com todos os amigos, missão impossível.

2433988124_2ef54a480a Já em sites nos quais os usuários não criam raízes tão fortes como em redes sociais, o buraco é mais embaixo. E para ilustrar isso, vejamos um conceito recente, ainda divertidíssimo e explorado: sites de f*didos. O precursor foi o francês Vie de Merde, mas o termo e o conceito explodiram quando, pelas mãos dos criadores da versão francesa, o FMyLife, em inglês, foi lançado.

Em sua, nesses sites pessoas comuns escrevem, anonimamente ou não, algum ocorrido esdrúxulo de sua vida. Começa com um “Hoje…”, e sempre termina com o “FML”, sigla do tal f*ck my life, a adaptação inglesa do original “vida de merda” – que, por sinal, inspirou a versão brasileira, que não tem ligação com a original francesa.

Não é preciso muita pesquisa para ver que a coisa caiu no gosto popular. Na França, em menos de um ano, o Vie de Merde alcançou o Top 10 da Internet no país. O site americano é muito visitado, e o termo “FML” é usado nos mais variados contextos, situações e locais. Um fenômeno, claro, que parece ter alcançado seu ápice na Internet, e agora alça voos mais longos.

O FMyLife já virou livro, e está prestes a aparecer na TV. E, com isso, a tolerância para com cópias parece estar diminuindo. Dia desses, enviaram uma carta do tipo cease and desist para o FMySexLife, que, como você deve ter imaginado, é um FMyLife também literal, restrito a situações de cunho sexual – área que, inclusive, o original possui, e é uma das mais divertidas e populares.

Na carta, os criadores do FMyLife dizem que o FMySexLife clonou o conceito do site deles, e pedem para que eles parem de explorá-lo. Dizem ainda que o mesmo conceito é atualmente usado num livro, e será explorado, em breve, num programa televisivo.

Os fundadores do FMySexLife bateram o pé, e dizem que a acusação não tem nada a ver. No fim das contas, parece que a pendenga vai para os tribunais mesmo. Até porque, caso os donos do FMyLife não prossigam na defesa do “conceito”, a William Morris Endeavor, que detém os direitos televisivos dele, irá.

É complicado dar um parecer sobre o assunto, afinal, a alegação do FMyLife, de uso indevido do “conceito”, embora encontre respaldo legal, demanda provas. E, cá entre nós, o conceito utilizado nesses sites é simples o bastante para que a ideia de clonagem seja descartada. Talvez se atacassem outros pontos sensíveis, como o nome (que lembra bastante o original), a fundamentação fosse melhor. Aguardemos os próximos capítulos dessa briga de f*didos.

Fonte: TechCrunch.

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