Dori Prata 6 anos atrás
Nos últimos meses a Microsoft tem sido bastante criticada pela falta de atenção que tem dado aos exclusivos para o seu console e os títulos de peso que chegaram em 2017 ao PlayStation 4 e ao Switch só pioraram esta situação. Então, quando Phil Spencer afirmou não gostar muito da estratégia de manter a exclusividade de conteúdo numa plataforma, parecia que a empresa havia jogado a toalha neste sentido. No entanto, este não parece ser o caso.
Ao conceder uma entrevista recentemente ao Bloomberg, Spencer mostrou uma postura bem diferente ao revelar que a Microsoft aumentará o investimento na criação de conteúdo próprio e/ou na aquisição de outros estúdios.
“Precisamos crescer e estou trabalhando para fazer isso,” disse o responsável pela divisão Xbox. “A nossa habilidade de criar conteúdo precisa ser uma das nossas maiores forças. Nem sempre investimos no mesmo nível, passamos por altos e baixos em relação a investimentos.”
O interessante é notar como tal declaração pode ser tão animadora quanto preocupante. De lado temos a promessa de que o Xbox One receberá mais títulos exclusivos, o que serve como um alento para quem possui o videogame; mas por outro, o histórico não nos deixa ficar muito animados com a ideia da Microsoft saindo às compras.
Outra que afirmou que a empresa pretende investir na aquisição/produção de exclusivos foi a gerente do Microsoft Studios, Shannon Loftis. Segundo ela, mesmo internamente existe o desejo de conquistar mais jogos que não seriam vistos em outros consoles e que alguns deles já estão em produção.
“Acho que a nossa oferta é boa e sólida. Eu definitivamente ouço que os jogadores querem mais. Nós adoraríamos ter duas dúzias a mais de exclusivos superfortes? Pode apostar. Temos mais vindo; mais que estão em produção sobre os quais não falamos no momento. Mas me sinto bem sobre o que temos a oferecer para o lançamento [do Xbox One X].”
Como acho que nunca deixarei de considerar os exclusivos como o principal aspecto de qualquer plataforma, acredito que é justamente por este caminho que a Microsoft deve seguir. E penso ainda mais se considerarmos que tudo o que a empresa tem lançado hoje também chega ao PC, fazendo com que no fim das contas os títulos “para o Xbox One” não sejam tão exclusivos assim.