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Huawei pretende lançar um smartphone dobrável em 2018

CEO da Huawei afirma que empresa estará pronta para apresentar um smartphone dobrável em 2018, restando apenas melhorar o design e tecnologia de telas flexíveis.

6 anos atrás

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Lenovo Folio: o primeiro funcional

Nós ouvimos empresas prometendo smartphones e tablets dobráveis há quase meia década, mas a verdade é que fazer um dispositivo do tipo não é nada fácil. Mesmo a Samsung, a única companhia que lucra com a venda de Androids e que possui um invejado centro de Pesquisa e Desenvolvimento não consegue resolver o problema, de criar um aparelho com corpo e tela flexíveis que ao mesmo tempo não pareça um xing-ling barato.

A Lenovo foi a primeira a apresentar um dispositivo do tipo funcional em 2016 com o Folio: um tablet com tela de 7,8 polegadas que se transforma num smartphone de 5,5″ ao ser dobrado, mas que infelizmente não possui uma aparência das melhores. Ele possui uma elevação aparente na tela para permitir sua dobra, o que querendo ou não passa a sensação de dispositivo barato e mal acabado mesmo que não seja. A fabricante chinesa ainda não tem planos para colocar tal gadget no mercado, visto que pretende melhorar a tecnologia antes.

A Huawei por outro lado está mais confiante. Seu CEO Richard Yu afirmou na última semana que a fabricante, após cumprir a promessa e se tornar a segunda maior fabricante de smartphones do mundo está quase pronta para introduzir no mercado um smartphone dobrável, ao dizer que a companhia "possui um modelo funcional" e que embora ajustes precisem ser feitos, acredita que ele possa chegar ao mercado já em 2018.

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Segundo Yu, o maior empecilho para um pronto lançamento do seu smartphone dobrável é sem muita surpresa a tela. O executivo afirma que a Huawei possui dois modelos de display a serem utilizados mas que ambos ainda não atingiram o estado desejado, fora alguns outros detalhes de design a serem corrigidos. É possível que a tela do protótipo da companhia não seja muito diferente da acondicionada no Folio, a Lenovo teve que se contentar com uma elevação central que permitia a dobra do aparelho, já que apesar de flexível ela não estica. Até existem estudos sobre componentes capazes de se dilatarem e retraírem mantendo uma apresentação uniforme, mas ainda não chegamos lá pelo visto.

O que nos leva à curiosa decisão da concorrente direta da Huawei na China, a ZTE. Semana passada ela apresentou o Axon M, um smartphone com duas telas de 5,2 polegadas com resolução Full HD (426 ppi) e design que lembra muito o Kyocera Echo, com o diferencial que neste a tela dobra para fora e não para dentro; é possível utilizar a segunda tela como um espelho da primeira ou como uma extensão (como um desktop com dois monitores), ou mesmo em modo dual com cada uma executando um app.

É um dispositivo robusto, com SoC Snapdragon 821, quad-core Kryo com dois núcleos de 2,15 GHz, dois de 1,6 GHz e GPU Adreno 530, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno (expansível via Micro-SD de até 256 GB), câmera principal de 20 megapixels com abertura ƒ/1,8, autofoco, Flash Dual-LED, HDR e capacidade de filmar em 4K a 30 fps (sem câmera selfie), leitor de impressões digitais, Bluetooth 4.2, BLE, A-GPS, bateria de 3.180 mAh, conector USB-Type C 1.0 e Android 7.1.2 Nougat.

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O bizarro ZTE Axon M: dobrável, mas com duas telas

Se pararmos para pensar o Axon M pode ser funcional e tudo mesmo com esse aspecto bizarro, mas ele ainda não é um aparelho dobrável como originalmente planejado pelos fabricantes. Yu é definitivamente obstinado, e deseja não apenas apresentar um dispositivo com um display único, verdadeiramente dobrável e atraente aos olhos antes dos concorrentes como definitivamente não está contente com o segundo lugar, e ambiciona fazer com que a Huawei tome o lugar da Samsung como a maior fabricante de dispositivos móveis do mundo. O executivo diz que é “o destino” da companhia e que “nada poderá impedi-los” de fazê-lo.

A Samsung por sua vez anda um tanto quieta, mas o tão esperado Galaxy X pode de fato vir a dar as caras também em 2018: novos vazamentos indicam que a produção será deveras limitada, não passando de 100 mil unidades e num primeiro momento ele seria um produto exclusivo da Pior Coreia, talvez para testar a receptividade do público. Ela já fez algo semelhante no passado, quando telas curvas estavam na moda com o Galaxy Round, enquanto a LG tentou a sorte com a linha G Flex. Ambos não foram para a frente.

A previsão é que o Galaxy X seja apresentado antes da introdução do Galaxy S9, muito provavelmente durante a próxima CES.

Fonte: CNET.

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