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Computex 2017 — novidades Intel: Compute Cards e nova linha Core X

Intel traz a sacola cheia para a Computex 2017, introduz os Compute Cards e a nova linha de processadores Core X, incluindo o Core i9 Extreme de 18 núcleos.

7 anos atrás

A Intel chegou na Computex 2017 trazendo diversas novidades: além dos Compute Cards, representando a entrada da companhia no mercado de micro-PCs a mais esperada obviamente foi a introdução da nova linha de processadores Core X, voltada para usuários que precisam realmente de poder de fogo em escalas ignorantes, sejam profissionais ou gamers sempre insatisfeitos.

O destaque fica para o topo de linha Core i9 Extreme, um monstro com 18 núcleos.

Menos de três anos atrás a Intel introduziu o Compute Stick, uma solução bem mais poderosa para quem desejava mais poder de processamento do que um Chromecast ou um Microsoft Wireless Display Adapter permitiam na hora de reproduzir mídia. Ele nada mais é do que um PC num pendrive completo, capaz de rodar Windows nativamente sem problemas.

Quer dizer, haviam sim algumas limitações: a pouca memória RAM e o processador mais fraco não eram lá muito indicados para executar o SO da Microsoft em modo full, e embora fosse possível instalar Linux o processo já não era mais tão amigável e fugia da proposta. Como consequência a Intel nem fez cócegas no mercado de micro-PCs, dominado hoje pelo Raspberry Pi e suas variações; outras empresas entraram na briga, oferecendo modelos mais potentes e temos como exemplos a ASUS e a Huawei, embora este último seja voltado exclusivamente para desenvolvedores Android.

Assim a Intel decidiu remodelar o Compute Stick completamente e na CES 2017 apresentou seu próximo estágio de evolução: os Compute Cards deixam de ser um produto final e se tornam uma solução modular a ser oferecida aos fabricantes, principalmente os que procuram reduzir ainda mais seus produtos. Pouco maiores que um cartão de crédito, eles possuem tudo o necessário para funcionar de forma independente mas serão oferecidos como soluções compactas para ultrabooks e All-in-Ones.

A Intel vai produzir quatro modelos distintos, todos com 4 GB de RAM DDR3, Wi-Fi 802.11ac e Bluetooth 4.2; os modelos com os processadores quad-core Celeron N3450 e Pentium N4200 terão 64 GB de armazenamento interno via eMMC e os com os chips dual-core Kaby Lake Core m3-7Y30 e Core i5-7Y57 vPro virão com um SSD PCIe de 128 GB. A GPU Intel HD onboard garante o gerenciamento de energia, ainda que não sejam máquinas que rodarão Crysis deverão pelo menos segurar as pontas do Windows 10 com mais desenvoltura.

A Intel não divulgou preços e datas, mas especula-se que os primeiros modelos de computadores equipados com os Compute Cards devem chegar ao mercado até o fim do ano, com valores entre US$ 149 e US$ 499. Dell, HP, Lenovo e Sharp estão entre as empresas parceiras.

Já para quem tem bala na agulha a Intel apresentou produtos bem mais interessantes. De olho no consumidor que deseja potência acima de tudo e não tem melindres na hora de gastar para montar uma máquina verdadeiramente poderosa, sejam profissionais que precisam de computadores que aguentem o tranco de programas pesados como a Glorious PC Gamer Master Race, que dispensa comentários e empresa apresentou sua nova linha de processadores Core X, com versões ainda mais avançadas que os modelos Core i5 e i7 topo de linha.

Todos eles foram desenhados para o novo chipset Intel X299, que começará a ser liberado para os parceiros nas próximas semanas e a arquitetura é baseada numa versão modificada de 6ª geração Skylake, o que é compreensível: é muito mais fácil aprimorar um método já conhecido e extrair o máximo dele do que tentar a sorte com a recente Kaby Lake e deixar a desejar. Assim, temos a nova arquitetura chamada Skylake X e apenas dois modelos dos vários introduzidos, os quad-cores i5-7640X e i7-7740X seguem a arquitetura Kaby Lake X, mais como um teste de campo do que qualquer outra coisa; estes aliás são os mais fracos, os demais começam em seis núcleos.

A Intel também introduziu nos modelos mais de topo a tecnologia Turbo Boost 3.0, que segundo a fabricante entrega uma performance em multitarefa muito melhor do que na geração anterior, com cada núcleo sendo também individualmente mais poderoso. Segundo a Intel a linha Core X possui uma performance em multithreading 10% mais veloz e 15% mais rápida em operações de um só núcleo. Outras novidades são o suporte a cache de até 16,5 MB, 44 conexões PCIe, TDP de 140 W e RAM DDR4 de 2.666 MHz e quatro canais.

 

A atração principal no entanto é a nova categoria Core i9, que introduz uma nova gama de chips para os famintos por poder. A Intel deixa claro que tais processadores são voltados para o usuário hardcore que deseja a performance definitiva. O modelo mais modesto começa em US$ 999,00, com 10 núcleos e 20 threads e o mais parrudo, com 16 núcleos e 32 threads fica em US$ 1.699,00.

Correndo por fora ainda há o monstruoso Core i9-7980XE, o único da categoria Extreme. Com clock não revelado ele possui nada menos que 18 núcleos e 36 threads, e segundo a fabricante ele é o primeiro processador da empresa dedicado ao consumidor final a bater a marca de 1 Tflop/s de poder computacional. Por isso o preço de US$ 1.999,00, apesar de assustador é justificável: ele é um leviatã, para dizer o mínimo e supera o AMD Threadripper, com seus 16 núcleos.

Num primeiro momento a Intel venderá apenas o modelo "de entrada" Core i9-7900X, um deca-core com clock de 3,3 GHz. Todos os chips são compatíveis com o novo socket LGA 2066 e não demorar para as novas placas-mãe chegarem ao mercado.

Fontes: Intel, aqui e aqui.

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