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Steam Direct, o controverso sucessor do Greenlight

Valve anuncia um novo sistema que substituirá o Steam Greenlight, mas provoca a ira em muitos desenvolvedores indies pelos valores que poderão ser cobrado de jogos a serem vendidos na loja.

7 anos atrás

Sempre tentando levar novos recursos para o seu sistema de distribuição digital, uma das ideias mais bacanas que a Valve teve nos últimos anos foi o Steam Greenlight. Com ele qualquer desenvolvedor poderia publicar suas criações na loja da empresa, bastando que a comunidade aprovasse o título.

A princípio a novidade parecia perfeita, abrindo as portas para estúdios menores que poderiam medir o interesse dos jogadores e criar alguma expectativa em torno de seus projetos. Porém, como acontece em qualquer sistema (relativamente) aberto, não demorou para que surgissem pessoas mal-intencionadas e uma maneira de diminuir os golpes foi passando a cobrar uma taxa para que os jogos de um estúdios fossem submetidos à votação.

Prestes a completar cinco anos de existência, eis que a Valve surge com a notícia de que o Greenlight será descontinuado, dando origem a um novo serviço que se chamará Steam Direct. Segundo a empresa, a ideia é aproveitar o que de melhor o atual sistema possui e torná-lo bom tanto para as desenvolvedoras quanto para o público.

Uma das maneiras como a Valve pretende fazer isso é diminuindo o que eles chamam de ruído, ou em bom português, a enxurrada de jogos de péssima qualidade que chegam à loja semanalmente. Mas como eles farão isso? Simples, cobrando mais das empresas que queriam publicar seus jogos no Steam. Com isso, se antes era preciso pagar apenas uma vez para elas terem seus jogos na loja, agora será preciso investir para cada jogo que queria ser vendido por lá.

Pois é justamente essa taxa que tem dividido opiniões entre os profissionais da área, já que depois de uma consulta a diversos estúdios, os valores sugeridos ficaram entre 100 e 5.000 dólares, extremos que, segundo a própria Valve, possuem tanto prós quanto contras e por isso eles ainda estão estudando o que fazer.

Porém, mesmo com a criadora do Half-Life dizendo que nada foi decidido, muitos desenvolvedores indie correram para o Twitter para reclamar, como por exemplo Robert Yang, que disse que um valor tão alto deixará muitos estudantes e pequenos estúdios sejam impedidos de vender seus jogos no Steam.

Outro que mostrou descontentamento foi Rami Ismail, co-fundador da Vlambeer que considerou a taxa máxima muito alta e que disse que no fundo a Valve só está tentando diminuir o trabalho de seus profissionais, já que ao contrário do que tínhamos no Greenlight, no Steam Direct os jogos mais votados não precisarão passar pela curadoria da empresa e cobrar mais por isso deverá fazer com que a quantidade de títulos colocados para votação diminua consideravelmente.

Previsto para substituir o Steam Greelight em algum dia do nosso outono, será interessante ver como o novo sistema poderá mudar a chegada de novos jogos ao Steam, pois ao mesmo tempo em que fico feliz por saber que a quantidade de lixo que chega à loja poderá diminuir, também é triste imaginar que muita coisa interessante poderá ser impedida — pelo menos inicialmente — de dar às caras por lá.

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