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Vale tudo por uma foto? A justiça americana diz que não

Será que é permitido qualquer coisa para conseguir a foto ou o vídeo perfeito? Nem sempre. Foi isso o que 4 canadenses aprenderam ao violar regras em Yellowstone.

7 anos atrás

Tudo bem, não é bem por uma foto, mas sim por um vídeo. Mas, como as as duas áreas estão cada vez mais integradas então vale a pena falar sobre o assunto. Nos últimos anos temos visto um comportamento altamente irresponsável e destrutivo de pessoas que querem fazer fotos ousadas. Pessoas que perdem a vida ou destroem monumentos. Fotógrafos profissionais também passam por esse mal. O fato de ter uma câmera na mão os livra (na cabeça pequena destes seres) de cumprirem as regras. Podem estar em qualquer lugar, entrar em qualquer canto ou interromper qualquer acontecimento. Tudo pela foto. E esse comportamento é muito errado.

Em julho de 2016, 4 idiotas se acharam no direito de sair da área reservada ao público e entrar na zona proibida do Grand Prismatic Spring no parque nacional de Yellowstone. O Grand Prismatic Spring é a maior fonte de água quente nos Estados Unidos. É frágil e único. É por isso que pisar fora do calçadão é ilegal. O vídeo abaixo, feito por um turista que estava no local, mostra o momento da invasão do grupo.

Jill Thompson — People on the Grand Prismatic Spring

O grupo estava com câmeras e gravavam um vídeo da peripécia. Com um pouco de investigação descobriu-se que os rapazes descolados eram do grupo High On Life, uma galera que viaja o mundo fazendo vídeos radicais e de aventura. Mais um pessoal que descobriu uma forma de sustento através da internet e são patrocinados por empresas do calibre da Red Bull e Bud Light (entre outras). O fato de viverem essa vida animada lhes garante (em sua percepção de mundo) o direito de não respeitar as regras. Mas, as consequências acabam aparecendo.

Por conta do vídeo publicado a internet se inflamou contra os quatro cinegrafistas (que são canadenses) e a justiça americana decretou 4 mandados federais de prisão para eles. Os mandados foram derrubados ao pedido do advogado do grupo, para que não fossem presos logo ao entrar no país. Em novembro Hamish McNab Campbell Cross, um dos membros do grupo, se declarou culpado e foi condenado a 5 anos de liberdade condicional, proibição de entrar em um parque federal por 5 anos e multa de US$ 8.000,00.

Os outros 3  se declararam inocentes, porém voltaram atrás agora por conta da probabilidade de enfrentarem um juri popular e terem seus destinos decididos por um juiz. Ao se declararem culpados das acusações Charles Ryker Gamble e Alexey Andriyovych Lyakh foram condenados a 7 dias de cadeia, proibição de entrar em terras federais americanas por 5 anos e multa de US$ 2.000,00 cada um. O último deles, Justis Cooper Price-Brown, vai pagar multa de US$ 3.500,00 e vai ser proibido de entrar em terras federais americanas por 5 anos. Agora a cereja do bolo. Os três rapazes que foram agora julgados vão ter que prestar serviço comunitário para a entidade Yellowstone Forever. Como isso vai ser aplicado durante a proibição de entrada ainda não foi decidido.

Sinceramente, eu gostei das sentenças. Prova de que as regras devem ser cumpridas por todos, independente de sua ocupação, e que nem todo lugar é uma bagunça. O que vocês acharam?

Fonte: DIY Photography.

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