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Gears of War: Judgment, o jogo de US$ 60 milhões

CEO da Epic diz que o Gears of War: Judgment custou cinco vezes mais para ser produzido do que o primeiro capítulo da série, mas que o faturamento não cresceu na mesma proporção.

7 anos atrás

Uma das coisas mais difíceis na indústria dos games é sabermos quanto um título custou para ser feito e quanto ele acabou rendendo a seus criadores. As empresas costumam ser bastante fechadas quando se trata desse tipo de assunto, mas para tentar explicar como a indústria mudou nos últimos anos, o CEO da Epic Games usou a produção da série Gears of War para ilustrar seu raciocínio.

Uma coisa engraçada aconteceu no mercado de consoles. Os orçamentos cresceram,” afirmou Tim Sweeney. “O primeiro Gears of War nos custou US$ 12 milhões para ser feito e nos deu US$ 100 milhões de lucro. Então aquilo foi fantástico. Mas com o Gears of War: Judgment, o jogo nos custou US$ 60 milhões para ser feito e nos deu cerca dos mesmos US$ 100.

 

 

Vimos que ao mudar para a atual geração de consoles, do XBox One e PlayStation 4, podíamos esperar que o custo dobrasse novamente e a base de usuários não iria dobrar. Ela voltaria a zero e então teria que ser reconstruída. Sentimos que seria questionável a viabilidade como uma desenvolvedora [de jogos] AAA.”

Foi então que a Epic começou a trabalhar na criação do Gears of Wars 4 e ao perceber que poderia chegar a gastar US$ 100 milhões no jogo, eles preferiram vender à franquia para a Microsoft. Sem que a Gigante de Redmond tenha revelado o número de cópias vendidas desse capítulo, só podemos especular se o negócio valeu a pena, mas dada a relativamente pequena repercussão que o título para Xbox One e PC teve, desconfio que ele não deva ter sido um grande sucesso comercial.

O fato é que esses valores altíssimos envolvidos na criação de um jogo de grande porte servem para entendermos porque tantas empresas tem apostado nos dispositivos móveis. Com tanto risco envolvido, fica difícil culpar uma desenvolvedora que prefira deixar de lado o “romantismo” de antigamente e focar apenas no lucro. É triste reconhecer, mas se com isso nós jogadores das antigas perdemos, os responsáveis por essas empresas continuam enchendo os bolsos e aproveitando os milhões de dólares que os ditos jogos casuais tem lhes dado.

Fonte: Glixel.

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