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Watson já está roubando empregos de salarymen no Japão

Japão: a IA baseada no Watson, da IBM substituirá 34 funcionários de uma seguradora; algoritmo é 30% mais eficiente e representará economia de US$ 1,2 milhão/ano.

7 anos atrás

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Fato: no futuro os robôs vão nos substituir em muitas tarefas, mais do que hoje em dia quando diversas operações braçais em indústrias já são automatizadas. Embora o trabalho especializado não seja tão facilmente replicável por uma máquina, por outro lado ações repetitivas e monótonas já podem ser perfeitamente automatizadas.

É o que uma seguradora japonesa mostra ao substituir 34 funcionários por um algoritmo de inteligência artificial, baseado no Watson da IBM.

A tarefa dos empregados que serão dispensados pela Fukoku Mutual Life não é lá muito complexa: calcular os pagamentos de seguros devidos a seus clientes. Segundo a empresa o sistema é 30% mais eficiente que humanos e representará uma economia de US$ 1,2 milhão em salários por ano. O sistema custa US$ 1,72 milhão; logo em dois anos ele estará pago apenas com a economia na remuneração dos colaboradores.

De acordo com a seguradora, o sistema que funciona com base no Watson (que embora não seja a faca mais afiada da gaveta no que tange à IA Forte, no que diz respeito compreensão de linguagem, abstração e tarefas específicas utilizando esses elementos ele é um primor) analisa informações como vídeos, imagens e textos para ler e avaliar prontuários médicos para avaliar tempos de internação, procedimentos e históricos dos pacientes. Dessa forma ele aplica os critérios e estipula o valor correto dos pagamentos que a seguradora deverá efetuar.

Isso é exatamente o que os 34 funcionários (basicamente é um cargo típico de um salaryman, aquele indivíduo que não tem outra ambição na vida além de um emprego numa grande corporação; é mais ou menos equivalente ao nosso “colarinho-branco”), que se tornarão redundantes em março fazem com uma vantagem: ele pode operar mais rápido e por um maior período de tempo. E por mais inclemente que possa parecer o algoritmo não se cansa, não precisa de café e nem de uma pausa para o cigarro. Se a companhia terá um resultado melhor gastando menos sinto muito, os funcionários que arrumem outro emprego.

A tendência é que no futuro funções repetitivas como essa, que podem ser executadas por uma IA específica dispensem completamente o fator humano. O Watson já provou ser mais preciso em tarefas do tipo do que um profissional mesmo especialista, aplicar o conceito a um escritório para eliminar postos de trabalho de tarefas imutáveis acaba sendo vantajoso para as companhias. Claro que o funcionário vai sempre se estrepar nessa, mas não há muito o que fazer. É o preço do progresso.

Fonte: The Guardian.

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