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Os 10 anos do anúncio do iPhone

“Hoje, vamos fazer história juntos” — há exatos dez anos, o saudoso CEO da Apple Steve Jobs anunciava o primeiro iPhone na MacWorld 2007. Relembre o significado desse aparelho mágico para a tecnologia.

7 anos atrás

Exatos dez anos atrás começava o primeiro dia da CES 2007 em Las Vegas. Aos entusiastas de tecnologia era apresentada uma então nova tecnologia de pagamento sem fio chamada NFC, mas as vedetes do evento eram as máquinas candidatas a assassinas do iPod: cada fabricante tinha seu próprio iPod-killer.

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Zune 30 GB (crédito: Microsoft / divulgação)

Ilustrando o presente texto, mais acima temos o Zune 30 GB, um iPod-killer da Microsoft. Só que a empresa do Bill Gates estava ocupada demais com o lançamento do Windows Vista, que acabara de ter se tornado RTM. A ideia de Redmond era continuar dominando os PCs após o Windows XP.

Naquela mesma terça-feira, há exatos 10 anos, um evento organizado em São Francisco por uma “empresa de frutas” concorria com a CES 2007. Era uma tal de MacWorld 2007, uma palestra apresentada pelo saudoso Steve Jobs que anunciaria alguns dos principais produtos da Apple para aquele ano.

Parecia um press-release de mais uma linha anual de produtos que só agradariam aos fãs da Maçã de Cupertino, que aguardavam mais iterações do Mac e do iPod, aquele jovem aparelho revolucionário que viabilizou a distribuição digital de músicas. Ao público geral, o que seria mais inovador que o iPod?

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Steve Jobs segura o primeiro iPhone na MacWorld 2007 (crédito: Genius)

Foi então que Steve Jobs refez sua história mais uma vez no ramo de tecnologia. No meio do evento ele retirava do bolso o aparelho que redefiniu os smartphones. Era o protótipo da primeira geração do iPhone.

Jonathan Turetta — Steve Jobs iPhone 2007 Presentation (HD)

Até então, tudo o que conhecíamos por smartphones eram aparelhos com teclados QWERTY como os BlackBerry da RIM. Ou maravilhas da engenharia como o Nokia N95, anunciado em setembro de 2006 e lançado em março de 2007, que basicamente tinha belo hardware sub-utilizado pelo software com poucos aplicativos.

O iPhone é um produto de nicho” — Olli-Pekka Kallasvuo, CEO da Nokia em 2008

Seja o BlackBerry, seja o Nokia N95, ambos não tinham uma tela que ocupava a maior parte do dispositivo pois boa parte do espaço era desperdiçada com o teclado físico. E a tela de 3,5 polegadas do iPhone 2G era a maior até então, permitindo o consumo de mídia e uma navegação confortável pela internet.

Com o iPhone, a grande maioria dos smartphones e players digitais, que vieram depois, aboliram o teclado físico ao utilizar um sistema operacional voltado para telas sensíveis ao toque. E não foi só isso: por pior que fossem comparadas aos aparelhos dedicados, as câmeras inclusas nos smartphones redefiniram o mercado de fotografia. Hoje é até estranho ver alguém capturar fotos com câmeras dedicadas, desculpa Gilson.

Enfim, foi graças ao smartphone da Apple e às melhores patentes da Microsoft que surgiu o Android como o conhecemos, democratizando a computação móvel a nível global. Com o grande alcance popular dos aparelhos, eles têm servido como vitrine para as grandes fabricantes de eletrônicos.

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Reprodução da página da Apple em 2007 explicando o iPhone 2G (crédito: Web Archive)

A Apple pode não ter inventado o smartphone, mas convergiu no iPhone várias tecnologias que tornaram os aparelhos mais práticos e mais úteis para todos, mesmo que indiretamente. E a família iPhone fez da Apple a gigante que ela é hoje, inclusive em termos financeiros, graças ao bilhão de aparelhos vendidos. Que venha o próximo bilhão.

Fonte: Apple.

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