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Microsoft enfim admite que exagerou ao forçar o upgrade para o Windows 10

“Fomos longe demais”, diz CMO da Microsoft Chris Capossela ao admitir em entrevista que a empresa exagerou ao forçar o update para o Windows 10.

7 anos atrás

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O primeiro ano de vida do Windows 10 foi deveras conturbado, e a culpa foi única e exclusivamente da Microsoft. A companhia decidiu por questões de segurança que o mais adequado a fazer era forçar o update a todos os usuários das versões 7, 8 e 8.1 durante o período de gratuidade, encerrado no primeiro aniversário do SO.

Entre 2015 e 2016 inúmeros casos de downloads não autorizados dos pacotes de instalação, updates não solicitados e ferramentas chatas de galocha atazanaram a vida de todo mundo, mesmo os que não podem sair atualizando o Windows de qualquer jeito. Ainda assim Redmond não se tocou e tentou enfiar o Windows 10 goela abaixo de todo mundo.

O resultado não poderia ser outro, a percepção do sistema operacional como um todo se tornou bastante negativa junto aos usuários, leigos ou não única e exclusivamente por conta da encheção de saco, e a empresa chegou inclusive a se se valer do FUD para depreciar o Windows 7. Removendo usuários finais da equação e concentrando o foco em ambientes corporativos ou de produção, ninguém que administre vários computadores permitiria um update massivo contra a vontade apenas para esculhambar com uma série de sistemas legados.

Ainda assim a Microsoft não quis saber, sob seu entendimento os usuários, independente de quem fossem teriam que atualizar para a nova versão 10, querendo ou não. Embora tal estratégia tenha dado razoavelmente certo (350 milhões de ativações em 12 meses, a maior taxa de adoção de um sistema operacional Windows na história) a ideia geral é que a campanha toda foi um desastre.

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Agora até a Microsoft admite isso: em recente entrevista ao podcast Windows Weekly o CMO Chris Capossela admitiu que Redmond "foi longe demais" em forçar o update do Windows 10, em especial uma mensagem crítica que induzia o usuário ao erro dando a entender que ele não teria escolha a não ser atualizar o sistema.

A ideia central era oferecer o software para o maior número de usuários de um ponto de vista de segurança, mas a companhia não soube dosar como fazê-lo e não considerou ambientes críticos, o que causou uma confusão dos diabos. Abaixo a declaração do executivo:

"Nós queríamos que as pessoas rodassem o Windows de um ponto de vista de segurança, mas encontrar o ponto de equilíbrio para não forçar a barra e nos mostrarmos agressivos demais foi algo que tentamos por um ano e acredito que fizemos da maneira correta; no entanto houve aquele momento em particular quando o 'X' vermelho na caixa de diálogo, que normalmente significa 'Cancelar' queria dizer outra coisa.

Horas depois daquele update ganhar o mundo nós percebemos que fomos longe demais, mas levou tempo até rodar um update que consertasse aquele comportamento. Aquelas duas semanas foram dolorosas e com elas aprendemos bastante."

 

Enfim... a Microsoft agora tenta correr atrás do prejuízo e embora o Windows 10 já seja o segundo SO mais utilizado, ainda resta um longo caminho a ser percorrido para recuperar a confiança daqueles com quem a empresa pisou na bola ao atochar o update à força.

Fonte: Windows Weekly.

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