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Porque a Nokia se dá bem no Brasil e não nos EUA

15 anos atrás

Olá pessoal, meu nome é Gabriel Tonobohn, sou editor do portal www.tudocelular.com e estréio hoje também no MeioBit.

A Nokia é hoje líder mundial em venda de celulares com cerca de 40% do market share, contudo, nos Estados Unidos, a marca parece não se dar assim tão bem. Inspirado em um artigo do site Wired, que cita 7 razões para a Nokia não ser amada pelos americanos, decidi mostrar o que há de diferente no mercado dos EUA em relação ao nosso humilde mercado consumidor de Nokia 1100.

Tecnologia CDMA

Um dos maiores motivos do pouco sucesso entre os norte-americanos é que a Nokia produz poucos aparelhos com tecnologia CDMA, dando um maior foco no GSM. Por si só isso já é um baita problema, já que a Verizon e a Sprint utilizam o CDMA como padrão. Já no Brasil, apenas a Vivo utiliza essa tecnologia.

Pouca publicidade

Segundo o artigo da Wired, a Nokia investe muito pouco em publicidade por lá, talvez por saber que o retorno é baixo. Esse talvez seja mais um sintoma do que o motivo das baixas vendas. Um cenário totalmente diferente do Indiano, Europeu e até mesmo brasileiro, onde a gigante finlandesa investe pesado na divulgação de sua marca.

Preços

Os americanos estão acostumados a comprar celulares com preço baixo, assinando contratos de fidelidade de 2 anos ou mais com as operadoras. Por algum motivo, ou simplesmente por não conseguir fechar um bom acordo com T-Mobile e AT&T, a Nokia decidiu vender seus aparelhos desbloqueados, com preço sem subsídios, o que elevou o valor final consideravelmente. É por isso que enquanto um iPhone é encontrado por $99,00, o Nokia N97 chega a valer $700,00. Enquanto isso, no mercado tupiniquim a história já é diferente e os preços da fabricante são competitivos.

Uma App Store com poucos aplicativos

Nos EUA, os usuários estão acostumados a baixar aplicativos aos montes. Não que a Ovi Store seja “insignificante", pois 20.000 aplicativos chega a ser um número considerável, mas pequeno quando comparado à loja virtual da Apple, com mais de 65.000 títulos disponíveis. Como no Brasil a venda de smartphones é menor do que a venda de aparelhos low-end, esse problema não interfere tanto.

Os outros tópicos valem também para o mercado brasileiro e referem-se ao sistema operacional Symbian, dito fraco e pouco flexível (interessante, já que a Sony Ericsson e Samsung também utilizam o Symbian em alguns aparelhos), um design que não atende ao gosto do público, que prefere celulares anoréxicos e bem finos, e relatos de problemas encontrados nos celulares.

O fato é que a Nokia ainda tenta se encontrar no mercado de smartphones, hoje dominado pela Apple e BlackBerry, mesmo com o lançamento do Nokia 5800 XM e o Nokia N97.

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