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T-Mobile é “multada” em US$ 48 milhões por lançar planos ilimitados de mentirinha

Puxão de orelha: após oferecer plano ilimitado com mais limites do que nunca, T-Mobile é obrigada a pagar uma “multa” de US$ 48 milhões.

7 anos e meio atrás

john-legere

Ooops

Não é só no Brasil que as operadoras tentam puxar o tapete dos consumidores com a internet ilimitada pero no mucho. Nos EUA, embora os planos sejam mais generosos e os valores não tão salgados a reclamação é a mesma, até a Netflix comprou essa (por interesses próprios, é verdade) e busca apoio da FCC para acabar com essa palhaçada. Problem is, nessa questão a comissão é tão eficiente quanto a Anatel.

Só que os federais não estão dormindo no ponto tanto assim, e quem constatou isso em primeira mão foi a T-Mobile.

A operadora do fanfarrão John Legere, que adora pagar de executivo descolado e engraçadão costuma se vender como a amiguinhas dos consumidores, oferecendo planos “ilimitados” que da mesma forma dos daqui, possuem franquias de dados ditas como generosas. Embora a T-Mobile tenha oferecido alguns planos que realmente não possuem limites de dados, sempre há uma pegadinha nas entrelinhas.

O passo errado mais recente da operadora foi um plano de dados anunciado em agosto, descrito como “ilimitado” com todas as letras. Acontece que isso não poderia estar mais longe da verdade: o pacote possui uma franquia de ridículos 26 GB para ver vídeos em 480p… por US$ 70 por mês. Quer ver gatinhos no YouTube com maior qualidade? Desembolse mais 25 dólares mensais. Tethering? Limitado a 128 kb/s, com aumento de velocidade mediante acréscimo de outros US$ 15.

A coisa pegou tão mal que a FCC, que não costuma muito meter o bedelho no que as operadoras fazem ou deixam de fazer caiu matando em cima da T-Mobile, e aplicou uma “polpuda” multa de US$ 48 milhões. Por que das aspas? Simples, desse montante Legere só terá que pagar US$ 7,5 milhões em espécie; a maior parte (US$ 35,5 milhões) será revertida em descontos e pacotes de dados adicionais, o que não passa de um custo virtual, e os US$ 5 milhões restantes serão convertidos em hardware (tablets, smartphones), que deverão ser doados a instituições educacionais em áreas mais carentes. No fim das contas saiu quase de graça.

Legere comentou no Twitter sobre o “bom acordo” (para ele) fechado com a FCC:

O lamentável é constatar que tanto lá como aqui, as operadoras não têm o menor melindre em tapear o consumidor e oferecer planos que prometem o que não são, ainda mais com as agências federais passando a mão na cabeça. A grande diferença é que nos EUA fosse pode até dizer que as franquias de dados, tanto móveis quanto de internet fixa são administráveis, mas continuam não sendo ilimitadas. Já aqui…

Fonte: The Washington Post.

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