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Desktops e notebooks estão cada vez mais se tornando produtos de nicho

Gartner e IDC apontam queda nas vendas de PCs pelo 8º trimestre seguido, mas mercado segue razoavelmente estável com um perfil de consumidor bem definido.

7 anos e meio atrás

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Que o mercado de computadores está encolhendo não é novidade, e não há perspectiva de uma reversão no quadro. No entanto, embora os números do último trimestre representem nova redução cada vez fica evidente que o perfil está mudando: o PC está voltando a ser um produto que só quem precisa irá adquirir, sem contar a Glorious PC Gaming Master Race que a manterá como plataforma de preferência.

IDC e Gartner apresentaram números bem semelhantes em relação ao último trimestre: o primeiro registrou uma queda nas vendas de 3,9% em relação ao ano passado com apenas 68 milhões de unidades enviadas às lojas (entre desktops e notebooks, PC ou Mac), enquanto o segundo anotou uma queda de 5,7% com 68,9 milhões de computadores. No entanto, tanto um quanto o outro notam que o mercado puxou o freio da queda, com números no 1º semestre de 11,5% e 9,6% respectivamente.

O que isso significa? Que o mercado aparentemente já caiu tudo o que podia e começou a se estabilizar. Um mercado pós-PC não significa sem-PC, como já comentamos antes quem não possui o perfil de um hard user de desktop e se vira bem com tablets e/ou smartphones vai dispensar o computador e até mesmo o notebook. Claro que há exceções à regra como os Chromebooks, que vendem muito bem e a linha Surface, ambos não contabilizados respectivamente por Gartner e IDC.

A verdade é bem simples: excetuando os membros da Master Race, que elegem o desktop PC como plataforma de escolha apenas profissionais e pessoas que precisam de um computador passarão a adquirir um. Embora seja perfeitamente possível se virar com um iPad e teclado Bluetooth na universidade, na hora do TCC o jovem dificilmente não irá procurar uma máquina com uma suíte de escritório completa. Profissionais de áudio e vídeo continuarão dependendo dos desktops potentes para o trabalho pesado (e cada vez eles migrarão do Mac de volta para o Windows por questões de custos e limitações, como por exemplo o iMac com a memória RAM soldada), enquanto os demais se virarão com outras coisas.

Mesmo com as vendas menores, as cinco principais marcas ainda abocanham 72,6% do market share de computadores e o cenário melhorou de um ano para cá, já que juntas representavam 69,6%. A liderança é dividida entre a Lenovo e a HP, tecnicamente empatadas com 21,3% e 21,2% do share respectivamente. A Dell fica em 3º com 15,8% e a Apple conquista a quarta posição com 7,4% (embora tenha caído dos 8,1% de 2015), à frente da ASUS com 6,9%.

A questão é que o mercado está se ajustando para uma realidade em que o PC vai se estabelecer novamente como um produto de nicho, voltado apenas para quem precisa deles. O restante do público está contente com smartphones e tablets e uma máquina estática em casa ocupa espaço, ao mesmo tempo que um notebook não é lá tão portátil assim.

Fonte: TheStreet.

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