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E Pokémon GO foi parar no Tribunal de Haia

Deu ruim: cidade de Haia processa a Niantic por esta não se mexer para impedir que jogadores de Pokémon GO invadissem áreas protegidas por lei.

7 anos e meio atrás

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E parece que a Niantic arrumou outra dor de cabeça por causa de Pokémon GO, mas desta vez com razão: como o estúdio responsável pelo game não atendeu as soliticações da cidade holandesa de Haia, esta entrou com um processo para força-la a se adequar para proteger tanto áreas preservadas quanto o sono de seus cidadãos.

Eis a treta: a cidade da Holanda (ou Países Baixos, ou sei lá o quê; é uma confusão) vem lidando com uma turba de treinadores Pokémon, que ávidos pelos monstrinhos estão acessando áreas de preservação que transeuntes normais não podem frequentar em massa, como a praia de Kijkduin. Segundo autoridades locais centenas de jogadores passam por lá todos os dias, visto que a praia costuma ser um local para respawn de criaturas mais raras e cobiçadas pelos jogadores.

Alheia à preocupação de Haia com a região, já que os jogadores estão deixando muito lixo para trás e há o risco de danos às dunas e outras áreas restritas, moradores de um balneário próximo à praia estão reclamando não só dos detritos como também do barulho que os treinadores fazem, principalmente madrugada adentro. Em suma, o fluxo de gente é constante e os residentes não estão conseguindo dormir.

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Como a Niantic Labs não atendeu nenhuma das solicitações das autoridades de Haia para remover a praia e outras áreas de preservação, não restou outra alternativa (segundo a nota oficial) a não ser invocar o processinho. As reinvindicações são bem simples e diretas: querem que o estúdio não só remova as áreas protegidas do banco de dados, como também implemente restrições para o aparecimento dos pokémons, mais especificamente entre 23:00 e 07:00. Desta forma, os jogadores seriam desestimulados a sair de casa para caçar à noite e desta forma, não incomodariam quem está tentando dormir.

Veja bem: considerando que a Niantic está de fato removendo pontos controversos, desde o Memorial de Hiroshima ao Museu o Holocausto e passando de forma inacreditável por Auschwitz (sério, quem foi o sem noção que acho isso uma boa ideia?), não é difícil acreditar que a primeira parte será atendida; é provável que o estúdio só não deu atenção às reclamações por não considerar algo importante e esta focado em deletar Pokéstops introduzidos por falta de tato, mas se há leis de preservação restringindo certos locais em determinados países, elas devem ser respeitadas.

Já a restrição de horário é controversa. Se implantada ela deve se aplicar somente a Haia, mas não duvido que a repercussão leve a autoridades de outras cidades e/ou países a fazerem exigências similares, o que pode prejudicar os jogadores. Eu acredito que a Niantic se posicionará contra nesse aspecto, mas conhecendo os seres burocráticos eu espero qualquer coisa.

Fonte: The Guardian.

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