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Google Station promete Wi-Fi rápido e “gratuito” para todos

Conheça o Google Station, programa que pretende implementar Wi-Fi rápido e gratuito em estações de trem por todo mundo ao alcance de todos.

7 anos e meio atrás

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O Google não é bonzinho, isso é fato. No entanto, a gigante oferece serviços a nós (o produto) verdadeiramente úteis e funcionais. Eu costumo dizer que a empresa organiza minha vida melhor do que eu mesmo e não é brincadeira: ela me envia notas sobre compras, organiza minhas passagens, me avisa de compromissos, etc. A diferença é que ao contrário do Facebook, Mountain View joga limpo: ela vive de anúncios e dados dos usuários e deixa isso bem claro, logo é uma via de mão dupla.

Por isso que para ela faz sentido investir em conexão gratuita (Zuck também está explorando essa seara); quanto mais pessoas conectadas e utilizando seus serviços, mais dados o Google coleta e comercializa, faz mais dinheiro e pode retornar soluções melhores. Por isso iniciativas como o Projeto Loon foram muito bem recebidas pela população em geral, embora tenha sido alvo de críticas aqui e ali.

Agora o Google está oferecendo um novo projeto de acesso gratuito à população: trata-se do Google Station. Em 2015 a gigante prometeu que forneceria internet  livre para mais de 400 estações ferroviárias em toda a Índia, com a meta de beneficiar mais de 10 milhões de pessoas por dia. Ontem a companhia introduziu oficialmente o programa, informando que os hotspots Wi-Fi já funcionam em 52 localidades espalhadas por todo o país.

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Hoje o Google Station beneficia cerca de 3,5 milhões de usuários indianos por mês, um número modesto se comparado com os planos iniciais mas nem de longe desprezíveis. Estamos falando de conexões públicas seguras, administradas pela própria empresa (ou seja, nada de sniffers) e com uma velocidade decente o suficiente para declarar que será possível inclusive jogar online. Bom para quem anda gastando dados com Pokémon GO.

O grande porém é que o acesso em si não é totalmente gratuito: o Google depende de contratos com parceiros locais (na Índia essa é a estatal RailTel) como operadoras de telefonia, grandes empresas e outros como cafés, restaurantes, bares, shopping centers, companhias de transporte público e etc.; estes irão deter o poder de decisão sobre cobrar ou não pelo acesso ao Station. Embora o Google arque com toda a infra e o plano seja uma vantagem para estabelecimentos, esta oferece meios de monetização através de anúncios e caso prefiram, poderão optar por cobrança de taxa por acesso.

Segundo o VP do Google Caesar Sengupta, mesmo que o cenário não seja o ideal (100% digrátis), o Station ainda é uma opção válida para quem deseja fornecer acesso à internet e fazer uns trocados com isso, ao mesmo tempo que aumenta a disponibilidade de hotspots principalmente em países emergentes e/ou em desenvolvimento. No Brasil mesmo ele seria um sucesso, se bem que as operadoras não gostariam nem um pouco de ver o Google entrando em seu mercado.

O Google informa que o Station será expandido na Índia e também será levado a mais países, dependendo exclusivamente dos parceiros. Pode ser que demore a aparecer por aqui, mas é bem provável que caso os suspeitos de sempre não coloquem empecilhos, o programa será muito bem-vindo e mais uma ferramenta importante para prover a democratização do acesso à internet.

Fonte: Google.

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