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Vicio em games ameniza pena

15 anos atrás

Agora a situação começa a ficar complicada. Vocês devem se lembrar do caso do adolescente Daniel Petric, que após ser proibido de jogar o Halo 3 e pegou uma arma da família, matou a mãe e tentou o mesmo com o pai. O episódio teve larga repercussão na mídia, todo mundo falou sobre o assunto e os videogames mais uma vez acabaram como bode expiatório de um ato horrendo.´

Parece bastante claro que a tragédia ocorreria mais cedo ou mais tarde, talvez por causa de um objeto que o moleque quisesse, talvez para ir num show de rock, mas se os jogos eletrônicos não podem ser apontados como a arma do crime, a sentença dada pelo juiz encarregado pelo caso corre o risco de abrir um precedente muitíssimo perigoso.

A princípio, esperava-se que Petric seria sentenciado com prisão perpétua, porém o excelentíssimo juiz aceitou o argumento da defesa de que o crime foi cometido devido a sua obsessão por jogos violentos, o que o impede de diferençar uma morte real de uma virtual. Por fim, o juiz afirmou que a questão dos videogames foi fundamental para sua decisão, dando-lhe "apenas" 23 anos de cadeia.

Isso posto, várias dúvidas pairam sobre minha cabeça: seríamos todos nós gamers assassinos em potencial pois não conseguimos diferenciar um jogo da realidade? Seria este em caso isolado ou não demorará muito até que vários psicopatas usem essa brecha para escapar de seus crimes? Alguém poderia me dizer em quais games influenciaram Ted Bundy, Jeffrey Dahmer e John Wayne Gacy eram viciados? A única certeza que tenho é que vivemos em uma sociedade estranha.

dori_cons_17.06.09 

[via Kotaku, com dica do leitor igorqueiroz]

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