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British Telecom dá uma de AT&T: quer um modelo para cobrar de websites

15 anos atrás

Mas não de qualquer website e sim desses que criaram modelos de negócios utilizando a infraestrutura das telefônicas e provedores de acesso. Mas aí temos um problema: o único motivo que nós, consumidores, compramos serviços de acesso banda larga é para acessar esses websites.

Como a reportagem do Ars Technica lembra, em 2005 a AT&T olhou gulosa para o Google e pensou: se eles faturam tanto assim e as pessoas usam as minhas “estradas” para chegar até eles, quero uma fatia desse bolo. A ideia era cobrar das empresas que fornecem conteúdo, buscas, vídeo, ou seja, qualquer website que tenha um serviço e tráfego.

Como a malha de cabos possui um limite físico, a saída para a maioria dos provedores é limitar o acesso a velocidade, quantidade de dados transferidos ou em horários de pico, limitar os usuários dos planos mais baratos e não permitir que vídeo em alta qualidade seja assistido. E aí vem o problema para quem vive de prover serviços na nuvem: de que adianta ter muita banda contratada e vários servidores em uma ponta se a experiência do usuário é um lixo por causa dos limites impostos pelo provedor.

A saída que os provedores como a British Telecom querem é algo mais ou menos assim: cobrar do usuário final para ter uma ponta de banda larga e cobrar dos websites, na outra ponta, para manter a velocidade e qualidade do serviço. Seria algo como sequestrar a banda larga da pessoa e pedir resgate para a qualidade.

Se a moda pega por aqui, vamos ter uma briga feia pela frente, como já está ficando por lá. Os custos de banda larga no Brasil são altos para o consumidor e o serviço deixa muito a desejar. Impostos altos e malha de telecomunicações cara são um dos impedimentos ao desenvolvimento das indústrias de tecnologia, software e games no Brasil.

Fonte: Ars Technica

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