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E3 2009 • Videogames, porque poderemos ficar fora da festa

15 anos atrás

Eu sei que ainda é muito cedo para fazer esse tipo de especulação e sei também que o que falarei aqui não parecerá novidade para muito gente, mas após assistir o apresentação do Project Milo pela centésima vez, uma espécie de premonição passou pela cabeça e ela não é nada interessante para nós brasileiros. Antes farei uma breve explicação sobre o projeto.

valendo-se do também ambicioso Project Natal, uma das mentes mais criativas da indústria, Peter Molyneux, juntou sua equipe e começou a trabalhar em um sistema de inteligência artificial que promete um nível de interação com as pessoas poucas vezes visto. É óbvio que o Milo não se trata de algo pioneiro, mas demonstração feita encheu muitas pessoas de esperança espanto ao mostrar que estamos mais perto de “dar vida” à máquinas do que muitos pensavam. Segundo Molyneux, o menininho virtual será capaz de interagir com as pessoas, reconhecer as pessoas, as expressões faciais dos humanos e ser o mais verossímil possível.

Bom, disso vocês já sabiam, mas onde quero chegar é: imaginando o cenário perfeito, onde o sistema funcione quase que perfeitamente e o Milo agrade grande parte dos jogadores, podemos estar diante de uma revolução na indústria. Imagine jogar um Grand Theft Auto ou um The Sims onde os personagens virtuais possam interagir mais diretamente com o jogador, tornando a realidade virtual cada vez mais palpável. Embora muitos possam argumentar que não se interessam por este nível de interatividade, lembre-se que ao anunciar o Wii, a Nintendo foi achincalhada e poucos acreditaram (eu incluso) que seu controle com sensor de movimentos vingaria.

Se essa realidade vier a existir (e me desculpem os céticos, mas cada vez mais estou começando a acreditar que é questão de tempo), os brasileiros terão um sério problema com os videogames e acredito que muitos de vocês já tenham percebido qual é ele. A língua. Vivendo em um país que fala uma língua não tão comum no resto do mundo e com as empresas chegando apenas agora por essas bandas, seria praticamente impossível para a maioria dos jogadores aproveitarem esses jogos.

Qualquer pessoa que não tenha conhecimento de inglês e que tenha tentado usar um sistema de reconhecimento de voz sabe o quanto desgastante a experiência pode ser e a menos que a indústria dos videogames se aloje definitivamente em nosso país, naquele cenário ideal que citei logo acima, seremos obrigados ou a ficar fora do esplendor das futuras gerações, ou aproveitá-las apenas parcialmente. Por enquanto, sinceramente não sei o que esperar.

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