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Microsoft: Windows 10 não atingirá meta de um bilhão de devices até 2018

Microsoft admite que o Windows 10 não atingirá meta de um bilhão de aparelhos rodando o SO até 2018; vendas fracas dos Windows Phones são a causa.

8 anos atrás

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A Microsoft havia traçado um plano muito ousado para a plataforma Windows 10: era desejo da companhia que o sistema operacional, em suas diversas encarnações (desktop, mobile, IoT, Xbox One e Realidade Aumentada via Hololens) estivesse presente em até um bilhão de dispositivos em três anos de vida, a saber até meados de 2018.

Porém, a estratégia adotada para o mercado de smartphones e as forçadas de barra acabaram por minar essa esperança: os executivos de Redmond reconheceram pela primeira vez que não irão atingir a meta até o deadline proposto.

A constatação veio do próprio vice-presidente de Windows e Dispositivos Yusuf Mehdi. Em entrevista concedida ao site ZDNet o executivo afirma que em embora o lançamento do Windows 10 tenha sido “o mais quente da história” (e foi mesmo, apesar de decisões controversas a respeito de updates forçados não dá para negar que o sistema está hoje presente em mais de 350 milhões de dispositivos, com 75 milhões só no primeiro mês), a meta outrora definida pelo VP de Software da Microsoft Terry Myerson de que o sistema operacional estaria presente em um bilhão de aparelhos entre dois e três anos após o lançamento teve que ser revista.

O motivo é bem simples: Windows 10 Mobile. Mehdi admite que as estratégias para a plataforma móvel acabaram por mudar as expectativas da companhia quanto à adoção planejada do sistema, mas ele só não informa que tudo que a Microsoft fez no setor deu errado. Quando o Windows Phone 8 foi lançado foi decidido que os donos de WP7 não receberiam a atualização; que se contentassem com o WP7.8, que era um belo remendo e caso achassem ruim, que comprassem um aparelho novo. Quando deram indícios de que fariam o mesmo com o próximo update a empresa rapidinho tratou de negar, e posteriormente se comprometeu a atualizar um grande número de dispositivos.

Quando o Windows 10 Mobile chegou, a Microsoft mudou o discurso e limitou o update a abaixo de 50% dos modelos disponíveis, excluindo o campeão de vendas Lumia 520 e verdadeiros monstros outrora desejadíssimos como os modelos 920, 1020 e 1320. Novamente, fica no 8.1 e se não gostar, compra um novo (a saber só há duas opções, os Lumias 950 e 950 XL que já têm sete meses de estrada e dificilmente chegarão por aqui).

As estratégias desastradas tomadas pela própria Microsoft não se limitam à atualização parcial: um histórico de remoção de funcionalidades como suporte dispositivos HID Bluetooth como teclados e o mascaramento da ausência de apps oficiais ao permitir a invasão de softwares piratas em sua lojinha (a birra com o Google que levou ao não-lançamento do app do YouTube é a mais óbvia) também ajudaram a minar a confiança dos usuários na plataforma, que fugiram.

Claro que o crescimento do Windows 10 é impressionante: 350 milhões de dispositivos em 11 meses é um número assombroso, é a mais rápida taxa de crescimento da história, nem o Windows 7 chegou a tanto. Porém, como a adoção vem perdendo tração mês após mês (se o ritmo do primeiro mês fosse mantido, a Microsoft estaria comemorando cerca de 800 milhões de ativações agora) fica difícil manter a promessa de um bilhão de aparelhos até o terceiro aniversário de lançamento.

Falando nisso, a próxima grande atualização do sistema (Windows 10 Anniversary Update, outrora conhecida como Redstone) será liberada no próximo mês, e entre outras coisas uma expansão do Windows Hello e mais funções para a Cortana. Pode não ser o suficiente para melhorar o rate de adoção do Windows 10, mas pode ajudar ao menos em melhorar sua imagem como um todo e talvez aumentar a curiosidade dos usuários, pelo menos no desktop. Já no mobile

Fonte: ZDNet.

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