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Quem vai ficar com o Twitter?

Numa época de grandes aquisições, desinteresse de grandes companhias no Twitter começa a levantar dúvidas sobre seu futuro

8 anos atrás

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O Twitter pode ser a rede social mais ágil do momento, com alcance e relevância enormes mas ela não está conseguindo resolver um problema simples: ela não dá dinheiro. Seu IPO não foi dos melhores e desde então a companhia viu seu principal produto perder valor gradativamente. Possível solução? Ser comprada, é claro.

O problema é que atualmente não há muitos interessados em levar o passarinho azul para casa, e mesmo os principais suspeitos andam muito quietos.

O Twitter não está exatamente parado, a empresa lançou produtos nos últimos anos como o Periscope e o Vine e não raras são as vezes em que influenciadores e marcas utilizam ambos. A plataforma também veicula ads na timeline daqueles que utilizam o app oficial, sem falar que conta com a produção de conteúdo original de usuários importantes, de celebridades a políticos, passando por acadêmicos, autores e companhias. É importante mencionar também que muitos visitantes não são usuários, mas fãs e seguidores desses indivíduos.

Só que isso não é o suficiente. No último ano o Twitter viu o valor de suas ações despencar vertiginosamente e há um motivo para isso: ninguém sabe como fazê-lo dar lucro.


O Twitter é uma mina de ouro,mas enquanto alguém não conseguir filtrar o ruído fica difícil justificar o investimento na empresa. Em todo caso, as apostas em Wall Street é que em 2017 o passarinho será comprado inevitavelmente porque o CEO Jack Dorsey não tem outra escolha, já que sozinhos não estão conseguindo capitalizar.

A pergunta é, quem vai abrir a carteira? Há quem diga que ela possa voltar a ser uma empresa de capital fechado, o que seria uma boa para sanitizar as contas, enxugar os excessos e preparar o terreno mais adequadamente para um novo IPO no futuro, mas há quem acredite que ela não tem mais condições para tal. A Microsoft seria uma boa, já que ela demonstra um apetite pantagruélico por dados. Entretanto, como ela gastou muito com a recente aquisição do LinkedIn este pode não ser o melhor momento para Satya Nadella sair às compras novamente. A Apple não teria o que fazer com ele.

Sobra sem muita surpresa o Google. Muitos de seus serviços já possuem integração profunda com o Twitter e a parceria recente com a rede social em prol de exibir tweets no Google Search (sem falar na integração com o Google Ads) tem se provado um sucesso. Mais importante, o Google+ está a anos-luz de ser um sucesso. Uma aquisição por Mountain View não só colocaria a empresa de volta na disputa das redes sociais como elá exerceria mais controle diminuindo ao mesmo tempo a liberdade da Microsoft, Apple e outras con o Firehose, a API de dados do Twitter.

O problema é óbvio, as leis antitruste. Embora o governo dos EUA não seja propenso a impedir a aquisição, na Europa a conversa é outra: a comissária para a Competição Margrethe Vestager e seu departamento odeiam o Google e estão doidinhos para partir a companhia em duas. Uma aquisição de tal porte só colocaria mais lenha na fogueira e seria uma fonte de dores de cabeça ainda piores para Mountain View.

De qualquer forma, o consenso é que para sobreviver o Twitter precisa ser posto à venda e rápido. Resta saber quem estará disposto a investir.

Fonte: TechCrunch.

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