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iPhone Marketing - Second Life 2.0

15 anos atrás

Existe um nicho de mercado -e aqui vai a dica- que está rendendo uma grana absurda: Desenvolvimento de aplicações para iPhone. Não digo grana vendendo as aplicações na App Store, mas grana desenvolvendo para terceiros.

Em conversa com o pessoal das agências de marketing online, descobri que o custo dos programas está altíssimo. Oferta e Demanda, é a Lei do Oeste.

A questão é: Qual a lógica de ter uma aplicação promocional no iPhone, no Brasil?

No Brasil iPhones representam menos de 1% dos aparelhos vendidos. Mesmo entre os smartphones, ninguém compra. O iPhone 3G então, quase não se acha nem na muamba, com a exigência de contrato de fidelização para comprar, nos EUA.

Usando Teoria dos Conjuntos, se começarmos com o conjunto de usuários de celulares no Brasil, descermos para os de smartphone, para os que acessam Internet, para os de iPhone, para os de iPhone que sabem instalar novos programas, para o de iPhones que efetivamente encontraram a aplicação do cliente e decidiram baixá-la, temos um número irrisório.

Entretanto, ter gente ou não usando é irrelevante. Como o Luli Radfahrer bem disse sobre a TAM, é uma idéia tola, a TAM criar um avião no Second Life, um Universo onde todo mundo pode voar.

O que não é idiota é a enorme quantidade de publicidade grátis que a TAM conseguiu. Revistas e Jornais atrás de pauta, diretores dando entrevistas, bla bla bla. É tolo? Com certeza, mas é assim que o jogo funciona.

Agora com o iPhone está acontecendo a mesma coisa. Empresas lançam aplicações, soltam press releases e a mídia divulga. Bom pra eles, bom pra meia-dúzia de usuários que baixa os programas, e bom para a mídia, que é sempre carente de pauta.

O que isso prova? Que investir em nichos pode ser muito rentável, mesmo que a primeira vista, economicamente desinteressante. Quem pensou em criar aplicações no iPhone profissionalmente, fez as contas e achou que não daria certo, pela falta de público que o diga.

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