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Vídeo é Rei: só não no Brasil (ainda)

15 anos atrás

A Nielsen liberou um relatório bastante interessante sobre o cenário online ao redor do mundo (relatório completo em PDF). A palavra-chave deste relatório é "vídeo". A transmissão de vídeos continua a crescer de uma maneira assustadora, e mostra que as pessoas estão migrando em massa para vídeos online.

Em um país como o Brasil, onde os serviços de banda larga ainda são muito caros em relação aos países desenvolvidos, isto acaba trazendo mais problemas para o usuário final. Por exemplo, os provedores tem que lidar com uma banda limitada para muita gente que tenta consumir conteúdo que exige uma largura de banda maior. Os sistemas são estruturados de forma a suportar (1) os picos de consumo e (2) um uso de banda média por usuário. Quando vários usuários que contratam 1 mbps passam a efetivamente utilizar com frequencia este 1 mbps, o sistema atinge seu pico com muita facilidade, e o provedor é forçado a tomar uma decisão: (a) contratar mais banda, ou (b) limitar a banda por usuário. Portanto o mercado está se mexendo, e os provedores passaram a impor limites de uso mais restritivos (e cobrando por isso, claro).

Por isso, ainda não vemos no Brasil muita gente utilizando serviços como o Hulu.com (não disponível no Brasil de qualquer maneira), pois ainda é muito caro assistir televisão online (streaming). Sites de vídeos curtos, como Youtube e o brasileiro Videolog são os que dão mais certo no Brasil no momento, pois geralmente são vídeos de poucos minutos que conseguem ser transmitidos sem muitos problemas, e são em uma resolução mais baixa do que um seriado, por exemplo.

Outros pontos interessantes do relatório:
1) O Brasil é o país com maior alcance em uso de redes sociais, com 80%, comparada à média global de 67%. De qualquer maneira, é impressionante a percentagem de pessoas que utilizam redes sociais.
2) O uso de internet móvel no Brasil ainda é muito tímido, com apenas 4% dos acessos. Nos EUA, este número já chega a 18%.

Vejam alguns gráficos do relatório após o break.

[via Gigaom]

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