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Estudantes russos crowdfundeiam um programa espacial melhor do que o nosso

Um grupo de estudantes russos resolveu mostrar que não é preciso ser uma grande corporação ou um enorme programa governamental para brincar de exploração espacial, e projetou um satélite que será visto pelo mundo inteiro. E financiou via crowdfunding!

8 anos atrás

mayak

Como os russos não ensinam mais datilografia em suas universidades, e  importante trabalho relacionando Teoria Queer e Contabilidade já foi escrito, e por lá é frio demais para fazer performance de Macaquinhos, um grupo de estudantes da Universidade de Engenharia Mecânica de Moscow decidiu construir um satélite.

Só que cubesats não têm graça, isso é projeto de escola de ensino médio, você tem que ser muito incompetente pra não conseguir construir um satélite desses. Eles precisavam de um desafio, e que desafio maior do que criar o objeto mais brilhante do céu, fora Sol e Lua?

Nasceu o Mayak (farol), um cubesat de 3 unidades-padrão, que carrega uma carga especial: uma pirâmide de Mylar com 3 metros de lado. Ela será montada por um mini-esqueleto escamoteável, e girará lentamente arrastada pelo satélite, em uma órbita de 700 km de altitude.

Como o Mylar é altamente reflexivo, e a pirâmide é um conjunto de superfícies planas o Sol brilhará muito, tornando o Mayak facilmente identificável.


Mayak. Light up the brightest star!

No lado científico ele será usado para testar a tecnologia de frenagem: a pirâmide gerará arrasto, pois mesmo naquela altitude a atmosfera não é 100% vácuo. Será medido o decaimento da órbita e como futuros satélites poderão usar equipamentos semelhantes para provocar uma reentrada mesmo sem usar combustível.

A melhor parte? Ao contrário do Brasil, que gastou R$ 400 mil em um Cubesat que não funcionou, o projeto dos estudantes russos vai custar US$ 20 mil (R$ 79 mil) e já está financiado, por crowdfunding.

O Mayak terá um app de celular para você usar e saber quando ele está passando por sua região.

A previsão de lançamento é para daqui a 126 dias, e como o lançamento será com um Soyuz, é bem provável que dê certo, mas mesmo que não dê, os testes estratosféricos que os estudantes fizeram já contam como ciência de verdade. Parabéns aos envolvidos.

Fonte: Gadgety News.

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