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Quando a moral fala mais alto

15 anos atrás

Já há vários dias eu venho adiando a escrita desse post, muito em razão de não saber ao certo o que dizer sobre o episódio da exclusão de um jogo dos catálogos da Amazon. Embora o acontecimento possa não parecer tão importante a primeira vista, o jogo em questão não é qualquer jogo. Na verdade, essa obra deveria cair no esquecimento, principalmente devido a sua temática, mas é justamente isso que está causando tanto burburinho na internet (e também fora dela). Bom, vamos aos fatos.

Desenvolvido por uma produtora japonesa cujo nome acho que nem mereça ser mencionado, RapeLay é um “simulador”. O problema é que apo´s criar simuladores de cidades, aviões, guerra e até formigas, algum desclassificado achou que a humanidade precisa de um simulador de estupros. Isso mesmo caro leitor. No jogo nós devemos fazer uso de uma força sobrenatural para violentar mulheres e não satisfeitos com o incentivo a esse ato desprezível, os produtores ainda incluíram a possibilidade de forçarmos um aborto nas vítimas, com a intenção de ganharmos mais pontos. Após ficar a venda por alguns dias na Amazon, até que uma organização contra ataques sexuais entrou com uma ação pedindo a suspensão das vendas do jogo.

Vocês já devem ter lido aqui no MBG eu defender a liberdade de expressão e ser contra a proibição da venda de jogos violentos para maiores de idades, mas mesmo correndo o risco de parecer incoerente, dessa vez eu tenho que dizer que apoio a medida. Me desculpem os que discordarem, mas acho que já estamos passando dos limites.

Será possível que chegamos ao ponto de termos que “nos divertir” violentando virtualmente jovens numa estação de metrô? Será que o ser humano é tão podre que consegue encarar atitudes de tão baixo nível como uma forma de entretenimento? Eu realmente respeito a diversidade, mas acho que incentivar os desejos doentios de uma pessoa não pode ser considerado apenas liberdade de expressão. Talvez eu esteja redondamente enganado mas não acho que os videogames devam servir como um meio de divulgação para tão atitudes tão repugnantes.

PS: Quem costuma ler meus textos deve ter percebido que sempre gosto de colocar uma imagem para ilustrar o post, mas esse será uma exceção. Aqui eu mal tive estômago para terminar minha linha de raciocínio.

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