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Jogos por R$ 249? Ubisoft acha um preço justo

Presidente da Ubisoft defende lançamentos por R$ 249 e acende a discussão sobre o preço cobrado pelos jogos no Brasil.

8 anos atrás

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A disparada do dólar fez com que os gamers brasileiros passassem de uma situação ruim, para uma muito pior. Se antes pagar R$ 150, R$ 170 por um lançamento para console era considerado por muitas pessoas quase como um assalto, hoje elas lamentam ter que morrer em R$ 250 por títulos para Xbox One ou PlayStation 4 e por mais incrível que parece, essa situação tende a piorar.

Recentemente a EA iniciou a pré-venda do Need for Speed e do Star Wars: Battlefront, e muitos ficaram surpresos (e indignados) com o preço pedido por dois dos mais aguardados títulos deste final de ano, assustadores R$ 300. Embora hoje já seja possível encontrá-los por preços bem inferiores (cerca de R$ 255), ainda assim é uma quantia considerável, especialmente em época de crise.

Em meio a este cenário extremamente preocupante para nossos bolsos, nos últimos dias o presidente da Ubisoft no Brasil esteve na BGS e concedeu uma entrevista ao site Omelete onde defendeu o preço e afirmou que isso não deve melhorar tão cedo.

Então, o que se precisa entender bem é que todas as publishers têm o mesmo problema: custos em dólares,” declarou Bertrand Chaverot. “Participamos dos custos para as first-parties: Sony Nintendo e Microsoft. Então, é normal (o aumento do dólar) ter um impacto. A Ubisoft sempre foi super focada em manter preços baixos, os mais justos possíveis. Sabemos que nossos jogadores têm uma mesada que não é ilimitada. Temos que entender que são jovens, adolescentes.

Decidimos não ter preços acima de R$ 249, apesar da queda do real de 40%. Também decidimos manter as pré-vendas de edições digitais a R$ 199. Então, para quem quer economizar, dá para comprar um pouco antes, aproveitando um preço bom, ou esperar promoções. De jeito nenhum vamos aumentar além de R$ 249, que é um preço alto, mas é justo. É um valor mais em conta do que nos Estados Unidos, ou na Europa. O problema é que temos uma moeda fraca, e que vai continuar fraca.

Embora eu concorde que o aumento do dólar tenha um enorme impacto nos preços, existem algumas coisas no mercado brasileiro de games que são difíceis de entender. Peguemos por exemplo o FIFA 16, jogo que nos computadores saiu por quase a metade do preço que era pedido nos consoles ou o Forza Motorsport 6, título lançado há menos de um mês e que já pode ser encontrado custando até R$ 50 mais barato.

Também chama a atenção a estratégia da Gaming do Brasil, que ficou responsável por distribuir fisicamente o Fallout 4 por aqui e estipulou o preço do jogo em R$ 249. Eis que eles decidiram reduzir o valor cobrado para R$ 199, mas como as vendas digitais não cabem a eles, essas continuam custando R$ 229 nos consoles e salgados R$ 249 no Steam.

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Aliás, o PC que por muito tempo foi defendido por ter jogos bem mais baratos que os videogames também tem sofrido muito com o aumento e um bom exemplo é o próprio FIFA 16, que viu seu preço dobrar em relação a versão do ano passado e não é de hoje que temos visto alguns jogos para a plataforma sendo vendido por valores muito parecidos com o que temos nos consoles.

Diante desta situação só consigo pensar em reforçar uma estratégia que adotei há alguns anos, que é evitar adquirir lançamentos e aguardar a oportunidade de comprar jogos apenas quando seus preços caírem bastante e como não existe um padrão para quanto cada lançamento deve custar por aqui, deixar que o meu bolso decida o quanto é justo pagar pelo o que quero jogar.

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