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Iron Maiden — The Book of Souls

The Book of Souls é um bom disco de heavy metal e mostra o Iron Maiden em boa forma, mesmo depois de 35 anos de estrada. Confira a nossa resenha do novo álbum da banda.

8 anos e meio atrás

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Demorou, mas estamos aqui para falar do novíssimo disco do Iron Maiden, The Book of Souls, que foi lançado mundialmente no dia 04 de setembro de 2015. A primeira coisa que tenho que dizer, especialmente para os leitores que não entendem de Heavy Metal, é que esse não é um texto imparcial. Quase impossível para um fã ser imparcial em relação a essa banda. Então, o que vai aqui é apenas a minha simples opinião.

Minha jornada com o Maiden começou aos 14 anos com um disco chamado The Number of the Beast. Foi amor a primeira vista e a banda me proporcionou várias incríveis experiências e, posso dizer com certeza, que foi a trilha sonora de vários ótimos (e também péssimos) momentos em minha vida. Não sou um fã die hard. Reconheço que eles fizeram muita coisa duvidosa e algumas músicas ruins. Mas, o saldo é positivo. Ninguém fica na estrada 35 anos fazendo música ruim. Também sei que a nova geração de fãs da banda preferem os trabalhos mais novos, pós Brave New World (2000), mas os clássicos são imbatíveis.

The Book of Souls é um álbum memorável em vários sentidos. O primeiro deles é que, para muitos, o lançamento foi inesperado. Em 2010, com o lançamento de The Final Frontier, a banda bradou que esse seria o seu último disco de estúdio, pois a idade estava pesando. Triste, ainda mais por não ter sido um disco digno do encerramento da carreira. Possivelmente eles perceberam que o fim não é tão fácil (que o diga Ozzy Osbourne) e colocaram a mão na massa novamente. O disco chegou às lojas em formato duplo, com 11 músicas (algumas bem longas), uma capa com arte fenomenal (lembrando mais os discos clássicos do que os novos) e teve como arauto uma música animadora, The Speed of Light.

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O disco mostra uma banda que está de bem com ela mesma. As músicas são certeiras, com uma pitada de modernidade, mas sem esquecer aquilo que os fez grandes no cenário musical. O que percebemos é que a banda se rendeu de forma incondicional ao lado progressivo do rock e isso fez muito bem para algumas composições. A batida épica também está presente em doses cavalares, o que faz a audição ainda mais emocionante. Destaques absolutos ficam por conta de If Eternity Should Fail, que abre o disco mostrando muito da pegada progressiva da banda, Speed of Light, que já virou clássico, When the River Runs Deep, que apresenta um ritmo rápido e esmagador, e The Book Of Souls, com várias influencias (inclusive música hispânica) e que consegue ser uma boa faixa título para o disco.

Porém, duas músicas são, incontestavelmente, as melhores do disco. A primeira é Death or Glory, a primeira música do segundo CD. O que posso dizer dela? É Heavy Metal da melhor qualidade que te faz balançar a cabeça com um grande sorriso no rosto. Várias influências, várias vertentes presentes. Música que nos faz lembrar das bandas que mais gostamos e de seus melhores momentos. A segunda música estupenda é Empire of the Clouds com seus 18 minutos de duração. Uma música com piano, levadas progressivas, uma letra super legal e parte balada. Me arrisco a dizer que essa composição vai figurar ao lado das melhores de todos os tempos da banda.

O disco é perfeito? Não, infelizmente nada na vida é perfeito. Duas músicas estão completamente perdidas no disco. Tears of a ClownThe Man of Sorrows poderiam simplesmente não existir e o disco levaria nota máxima.

Vale a pena comprar? Se você é fã do Maiden não existe essa dúvida. O disco é simplesmente uma obrigação. Se você gosta de Heavy Metal e não é fã da banda (não sei se isso existe), então aconselho a compra como sendo um bom disco e boa música para para se divertir em uma tarde chuvosa.

Iron Maiden - Speed Of Light (Official Video)

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