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Relembrando: Road Avenger

15 anos atrás

Era uma vez um estilo de jogo que permaneceu vivo apenas na lembrança das pessoas. Quando ele ainda fazia sucesso (mentira, nunca fez), todos os jogadores podiam ter a sensação de estar controlando um desenho animado. Não, não estou falando de jogos que utilizam a técnica de Cell Shading e sim dos saudosos interactive movie.

Os fliperamas que continham esses jogos rodavam um enorme disco parecido com um cd e podiam exibir imagens com um nível de qualidade enorme para a época. Como os videogame ainda não dispunham de cds, o gênero não foi tão difundido, ganhando um pouco de popularidade por essas bandas apenas com o lançamento do Sega CD. Hoje eu gostaria de falar sobre um desses jogos, o Road Avenger.

dori_roa_24.02.09 

Lançado nos arcades no longínquo ano de 1985, Road Avenger figurava ao lado do clássico Dragon´s Lair, Space Ace e Time Gal como um dos principais títulos do gênero. Nele você vivia um policial que teve sua família morta por uma gangue e que tentará vingança a todo custo. Para isso você deverá entrar em seu carro e percorrer as ruas da cidade caçando um por um. Quem assistiu o clássico MadMax com certeza reconhecerá a inspiração e se sentirá um verdadeiro justiceiro ao jogar o game.

Embora bastante curto, o jogo proporcionava um nível de tensão muito alto e assim como era comum no gênero, o importante aqui era ter reflexos apurados. Ao longo das fases nos era mostrado setas que indicavam para que lado deveríamos virar, assim como um indicador de freio e outro de acelerador. Ao contrário dos jogos “comuns”, nós não podíamos virar para um lado quando bem quiséssemos, por isso devíamos seguir as indicações. Quem nunca jogou um interactive movie terá dificuldade em entender a mecânica, por isso coloquei um vídeo no final do texto com ao quatro primeiros estágios, além da memorável abertura.

Graficamente o game seguia a qualidade dos outros do gênero. Na época ele era belíssimo, mesmo com as visíveis granulações mostradas, mas a direção artística e o nível de detalhamento era muito bom.

Esse era um dos jogos que eu tinha no meu Sega CD. Joguei muito ele, tendo terminado o jogo diversas vezes e chegou um momento em que eu conseguia ir do início ao fim sem a necessidade das indicações na tela. Na verdade eu nunca fui muito fã dos filmes interativos, mas esse jogo eu adorava. Talvez pela temática, talvez por ser tão parecido com um filme, mas o fato é que ele figura entre os meus favoritos do console.

Recentemente a editora MMP conseguiu autorização da G-Mode, detentora dos direitos do jogo, para fazer um livro inspirado no Road Aavenger. Mary Margaret Park terá a misão de contar a história de Blake Sanders em na publicação que deverá ser lançado, no máximo, até 2010.

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