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Windows 7: Do Beta 1 para Release Candidate

15 anos atrás

O calendário apertado com o qual a Microsoft vem trabalhando para o lançamento do Windows 7 surpreende até os mais otimistas. O Beta 1 que muitos estão testando, será o único beta. O próximo marco da empresa será um Release Candidate e se não me falha a memória, isso é inédito para a empresa.

A melhor fonte, obviamente, é o post do Steven Sinofsky, vice-presidente sênior da divisão Windows,  Our NextEngineering Milestone do blog Engineering Windows 7. Lá é explicado em detalhes como a empresa entendeu que lançar um novo Windows é uma responsabilidade de muitos parceiros da indústria e todos os envolvidos com o ecossistema Windows. Dados de telemetria, erros e formas de uso tem sido coletados, catalogados e priorizados, nessa fase beta.

Com isso, os fabricantes de drivers já estão testando versões de seus dispositivos com a versão atual e isso deve evitar em grande parte os problemas com o lançamento do Vista em 2006/2007, quando os software simplesmente não funcionavam, principalmente por causa do novo modelo de segurança. Ele citou 2 exemplos, como os fabricantes de antivírus e os rivais na área de GPUs, nVidia e AMD/ATI, que já incluíram suporte.

As fases de lançamento são:

Pré-Beta > Beta > Release Candidate (RC) > Release to Manufacturing (RTM)  > General Availability (GA)

A diferença entre elas é que entre o Beta e o Release Candidate, ainda é possível melhorar e adicionar/incrementar recursos no sistema operacional. A partir do momento que uma versão RC é lançada, apenas correções e alterações críticas serão feitas, e com feedback intenso entre Microsoft e os parceiros da indústria. O Release to Manufacturing são os grandes fornecedores e fabricantes de computador, como Asus, Dell, HP, etc. O General Availability são todas as pontas do consumo, inclusive o de prateleira para consumidor final.

Eu particularmente acho que existem vários motivos para a nova abordagem da Microsoft. O modelo anterior, obviamente, não funcionava. Eles adotaram várias práticas ágeis de desenvolvimento. Construíram em cima da base do Vista, aparando as pontas, consertando o que não ficou bom e melhorando o código que já possuem. Ou seja, o Windows 7 terá uma base de código madura e performance parece ter sido realmente um mantra para a empresa.

A introdução de um novo mercado, os netbooks, pela Asus, mudou a segmentação da indústria. O mais leve dos notebooks parece uma enciclopédia comparado com um netbook, que atende a demanda por um equipamento leve, pequeno, capaz de decodificar vídeos e música, manipular documentos, disparar e-mails, e deixar o usuário bater papo por voz ou texto e obviamente navegar na rede.

Um clima de economia ruim também afeta empresas e pessoas. Um sistema operacional que não exigirá mais hardware que seu antecessor é inédito para a Microsoft e isso representa economia tanto no hardware, quanto no consumo de recursos como processamento, memória e i/o que no final significa menos energia gasta.

E por último e não menos importante, o crescimento da concorrência: Apple nos Desktops/Notebooks e *nix nos Netbooks.

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