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Andrew House: futuro do PS Vita no ocidente é incerto

Para o CEO da Sony Computer Entertainment, o PS Vita continuará forte no Japão mas seu futuro no ocidente não é dos mais promissores

10 anos atrás

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Eu fico realmente preocupado com o pouco interesse que a Sony demonstra pelo PS Vita, ao menos no ocidente. No Japão, embora ele obviamente não venda tanto quanto o 3DS (entretanto não raramente ele lidera as vendas em algumas semanas, dependendo dos games lançados) sua base instalada de games é bem satisfatória, passando pelos mais diversos gêneros. OK, ele conta com alguns joguinhos questionáveis (aqui e aqui) mas a verdade é que lá ele está estabelecido. Já por aqui as distribuidoras e estúdios se limitam a lançar games cross-buy e segundo Shuhei Yoshida, a Sony não só vê o Vita mais como um acessório como a oferta de games AAA vai rarear.

Em 2012 o portátil teve um revival interessante, quando ele foi transformado numa máquina indie e finalmente, recebeu a PS+. Só que isso não foi suficiente, pois as desenvolvedoras não se interessaram em desenvolver games grandes para o portátil. Mesmo os indies começaram a rarear, sendo preferivelmente desenvolvidos para PS4 e PS3 e oferecidos via cross-buy para o Vita. Yoshida já havia dito que diferente do Japão, no ocidente o console está praticamente destinado a se tornar uma segunda tela do PS4 e a Sony passou a tratá-lo assim.

Freedom-Wars-Playable-Jump-Festa

Andrew House, o atual presidente e CEO da Sony Computer Entertainment infelizmente pensa da mesma forma. Para ele, o Japão será o único mercado em que ele continuará recebendo games AAA, principalmente porque ele é visto de forma diferente lá. O mercado é diferente também, os japoneses jogam em trânsito mais do que qualquer nação do mundo, o que justifica o fato dele receber games dos mais variados gêneros e de desenvolvedoras grandes. Convenhamos, os últimos games de maior destaque que o portátil vem recebendo por aqui são orientais: Soul Sacrifice, Senran Kagura, os games musicais da Hatsune Miku... O futuro Freedom Wars seguirá pelo mesmo caminho, assim como o esperado Monster Hunter Frontier G, já presente no PC e consoles de mesa por lá (embora não haja indícios de que ele será localizado; as outras versões ainda não foram).

House acredita que o Remote Play dá uma nova dinâmica ao portátil, entretanto ele não sabe dizer se a possibilidade de jogar o conteúdo do PS4 no Vita eliminaria a necessidade de jogos AAA para ele. É bom lembrar que a Sony eliminou o 3G na nova versão do PS Vita, dando a entender que ele é mais um tablet/controle de luxo para ser usado em casa e não levado por aí. O lance do PlayStation TV ter sequer sido vendido como console reforça isso. Para ele o Vita continuará forte no Japão, mas preferiu não comentar o que acontecerá em outros mercados. Eu gostaria que essa visão mudasse por aqui, mas se ele não vende como console e como acessório ele terá mais futuro no ocidente, não há muito o que fazer.

Fonte: CVG.

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