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Firma garante (muhahahah) que o Tira-Teima da FIFA é à prova de hackers

O sistema de Linha de Linha de Gol que a FIFA está usando tem se mostrado útil, é um bom auxiliar para o esporte, mas ele tem um problema: os fabricantes, que estão se gabando que o GoalControl é à prova de hackers. Todos sabemos o que acontece com quem faz esse tipo de declaração…

10 anos atrás

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Angelina Jolie em Hackers — Assista. Pela história, claro.

O nobre esporte bretão do Ludopédio tem apenas 17 regras simples. Ou melhor, 16 regras simples e aquela desgraça do impedimento, mas mesmo assim o que seria mais descomplicado, o gol, é um problema. Só vale se a bola passar totalmente da linha, e muitas vezes isso não fica claro.

A FIFA é avessa a tecnologia, mas depois de décadas sendo ultrapassada por outros esportes, e inúmeras brigas ocorrendo quando juízes marcam ou anulam gols e a televisão mostra o lance real. Agora, depois de muito teste como anunciamos aqui a Copa está usando tecnologia de ponta, o sistema da alemã Goal Control. São 14 câmeras de alta definição apontando para os gols. Elas captam imagens a 500 frames por segundo, usam algoritmos de reconhecimento para identificar a bola (mais fácil agora que Ronaldo não está mais jogando) em um espaço tridimensional, com precisão de meio centímetro.

As câmeras estão ligadas a dois computadores centrais por cabos de fibra. São transmitidos 4 GB de dados por segundo durante uma partida. Quando a bola entra no campo de visão o sistema começa a companhar, modelando em tempo real o espaço 3D. Em menos de 1 segundo ele calcula se a bola entrou ou não, enviando o resultado via link de rádio criptografado para um bracelete usado pelo juiz. Veja o filminho:

O sistema não é barato. O custo de instalação é de US$ 260 mil e por jogo a operação custa US$ 3,9 mil; a maior parte provavelmente comprando cerveja e salgadinhos com Preço FIFA.

Dirk Broichhausen, diretor da Goal Control se gabou do sistema ser 100% preciso, e absolutamente seguro. Isso não caiu bem para especialistas de segurança, que além de alegar o óbvio, que nenhum sistema é 100% seguro, lembraram que esse tipo de bravata faz com que o Goal Control se torne um desafio para hackers.

O porta-voz da empresa, Rolf Dittrich, falou sobre o caso e não contestou o comentário original, pelo contrário, explicou o motivo da confiança: diz ele que pra começar a tecnologia da Goal Control é isolada da internet, não tem qualquer conexão fixa ou sem-fio com o mundo externo. O elo mais fraco, a comunicação com o árbitro é feita com um link encriptado de frequência variável, “nada a ver com Wi-Fi”.

Ou seja: o Goal Control é 100% seguro dentro do razoável. Se alguém invadir o estádio, hackear fisicamente os servidores ou as câmeras tem possibilidade de bagunçar o sistema, aí não tem jeito, mas como todo especialista em segurança sabe, se o hacker tem acesso físico ao equipamento, é game over, man. Game over.

Fonte: W.

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